A busca por fontes de energia renováveis tem impulsionado diferentes projetos de captação de energia solar por todo o mundo, entre eles o de usinas solares flutuantes.
Normalmente, esse tipo de instalação é feito sobre as águas de lagos ou represas, mas agora o projeto de uma empresa holandesa pretende levar os painéis solares para alto mar.
A empresa SolarDuck criou o que batizaram de “tapete solar”, que nada mais é do que uma usina solar instalada sobre uma estrutura flutuante triangular e ancorada ao fundo do mar.
Dessa forma, é possível manter os módulos fotovoltaicos secos e protegidos enquanto “flutuam” alguns metros sobre as ondas do oceano, captando e transformando a luz do sol em energia elétrica limpa.
O projeto piloto com 500 kilowatts de potência-pico está em fase final de testes e deve ser colocado em operação até o fim deste ano nas águas do Mar do Norte, na costa da Bélgica.
Segundo os responsáveis, o objetivo é testar a operação da tecnologia sob as condições adversas do oceano, como ondas, ventos fortes e salinidade, a fim de ajustá-la para uso comercial no futuro – o que pode acontecer muito em breve, já que a empresa espera obter dados suficientes que viabilizem a comercialização da tecnologia já a partir de 2023.
Os projetos de energia solar flutuante apresentam várias vantagens diante das instalações em terra e ganham cada vez mais espaço em países com foco na sustentabilidade ambiental.
No Brasil, por exemplo, diversas dessas instalações já se encontram em operação, a mais famosa delas sendo a usina solar flutuante no reservatório de Sobradinho, na Bahia, inaugurada em 2019.
Junto aos projetos em terra e instalações de telhados solares, a energia fotovoltaica já representa a terceira maior fonte da matriz elétrica no país e uma das mais promissoras para descarbonizar a matriz energética brasileira.
Fonte: The Greenest Post