Sem lockdown, Suécia tem menor taxa de mortes por peste da Europa em 2020
Dados mostram que a média de mortes por peste chinesa na Suécia chegou a zero no último dia 21 de julho. E tem se mantido assim há mais de uma semana
POR LEONARDO TRIELLI
Novos dados da Europa mostram que abordagem da Suécia, mundialmente rechaçada, deu mais certo do que previam cientistas de gabinete e burocratas.
Uma análise de dados oficiais feita pela agência Reuters identificou que o país nórdico apresentou menor aumento da taxa de mortalidade geral do que países europeus que optaram por trancar a população em casa e esmagar suas economias.
A reportagem da Reuters informa que 21 dos 30 países com estatísticas disponíveis apresentaram maior excesso de mortalidade do que a Suécia. “No entanto, a Suécia foi muito pior do que seus vizinhos nórdicos, com a Dinamarca registrando apenas 1,5% de excesso de mortalidade e a Finlândia 1,0%. A Noruega não teve nenhum excesso de mortalidade em 2020”, pondera a agência de notícias.
Só que a Reuters esqueceu de comentar que “a Noruega e a Finlândia adotaram políticas ainda menos restritivas do que as da Suécia para a maior parte da pandemia”, lembrou o jornalista Jon Miltimore, editor do Foundation for Economic Education (FEE).
O principal responsável pela postura da Suécia durante a pandemia foi o epidemiologista-chefe do governo, Anders Tegnell (foto).
“Acho que as pessoas provavelmente pensarão com muito cuidado sobre essas paralisações totais, sobre como elas realmente foram boas”, disse ele.
“Elas podem ter surtido efeito a curto prazo, mas quando você olha para isso durante a pandemia, fica cada vez mais duvidoso”, disse Tegnell, que chegou a receber ameaças de morte por suas posições, apesar de contar com o apoio de mais da metade da população sueca, segundo pesquisas de opinião.
Com informações de FEE, Gazeta do Povo e Reuters
