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Suécia ingressa na OTAN

BySANTANA

ago 31, 2022 ##gripen, ##otan

Com ingresso na OTAN, Suécia estuda a aquisição de mais caças Gripen

Por Redação Forças de Defesa

Por Alexandre Galante*

No dia 27 de agosto, durante o Show Aéreo na Ala Uppland – F 16, o Comandante da Força Aérea Sueca, Major General Carl-Johan Edstrom, concedeu entrevista aos jornalistas participantes da Saab Press Trip 2022, juntamente com o Comandante das Forças Aéreas dos EUA na Europa (COMUSAFE), General James. B Hecker.

Perguntamos ao Major General Carl-Johan Edstrom se a Força Aérea Sueca pretendia comprar mais caças Gripen E diante do novo cenário na Europa.

O Comandante disse que a Flygvapnet tem 92 Gripens C/D e que encomendou 60 Gripens E. Entretanto, em 2023, será produzido um novo Livro Branco de Defesa para a Suécia, com o novo gasto expandido de 2% do PIB. Nesse processo, estão analisando quantos caças serão necessários.

O Comandante brincou dizendo que uma Força Aérea sempre vai querer mais caças.

Edstrom disse também que parte dos Gripen C/D deve ser mantida além de 2035, e que o número ainda será definido, se serão 50, 60 ou 70. De qualquer forma, os aviões precisarão passar por atualização contínua, para se manterem relevantes.

A atualização incluirá sistemas de armas e, talvez, uma nova suíte de radar.

Saab JAS 39E Gripen
Saab JAS 39C com sistema MS20, dotado de SDBs, Meteor e IRIS-T
Gripen operando em rodovia

Já o Comandante das USAFE, General James B. Hecker, disse que a entrada da Suécia na OTAN trará muito poder aéreo para a Aliança, com seus quase 100 caças.

Hecker disse a Suécia e a Finlândia já eram parceiros aprimorados da Aliança e que sempre realizavam exercícios e conferências com os dois países. Para Hecker o que estão fazendo agora é solidificar a parceria e torná-la maior, com o ingresso dos parceiros na OTAN. “Eles serão uma parte fantástica da OTAN realmente útil”, completou.

O General também disse que a capacidade da Força Aérea Sueca de dispersar aeronaves e de decolar em um curto período de tempo é o que as forças aéreas realmente valorizam. Por isso, oficiais da USAF serão enviados à Suécia para aprender como a Força Aérea Sueca faz isso tão bem, e tentar obter algumas técnicas que possam ser usadas na Força Aérea dos EUA e também em toda a OTAN. “Vamos pegar os pontos fortes que eles têm e usá-los para educar o resto da OTAN sobre como podemos fazer isso”, disse.

Para o Comandante das USAFE, quando a Rússia decidiu invadir a Ucrânia, sem ser provocada, as atitudes mudaram muito entre os países aqui da região. Alguns deles foram na forma de quererem se juntar à OTAN, como a Finlândia e a Suécia. Em outros, quiseram aumentar os gastos de defesa em relação ao PIB, outros compraram o F-35. Hecker lembrou que a OTAN é um mecanismo defensivo. É usada para dissuasão. Nas palavras do General: “não precisamos ir à guerra, mas agora pareceremos mais fortes e esperamos fornecer mais dissuasão para garantir que não tenhamos que ir à guerra. Mas se o fizermos, estaremos prontos. E estaremos mais preparados com a Suécia e a Finlândia do nosso lado.”

Comandante da Força Aérea Sueca, Major General Carl-Johan Edstrom e o COMUSAFE General James. B Hecker – Foto: Alexandre Galante

*O editor viajou à Suécia a convite da Saab.

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By SANTANA

Jornalista/ Bacharel em Ciência Política / Sociólogo/ Gestor em Segurança Pública e Policiamento / Pós graduado em Sociologia e Política de Segurança Pública

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