A resistência à verdade da pregação do Evangelho de Jesus Cristo continua avançando à medida que o politicamente correto também ganha força. Nessa esteira, temas como “homofobia” têm sido usados como arma de ataque contra os ensinamentos imutáveis da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Uma prova disso está no testemunho do evangelista de rua John Dunn, de 55 anos, que por anunciar o que está escrito da Bíblia sobre como Deus enxerga a prática homossexual, acabou sendo processado criminalmente.
Tudo começou quando em novembro de 2020, Dunn estava em mais um dia de evangelismo, nas ruas, quando se deparou com duas mulheres de mãos dadas. “Espero que vocês sejam irmãs”, disse ele, buscando iniciar um diálogo.
Elas, contudo, disseram que eram gays e estavam em um relacionamento homoafetivo, no que o evangelista respondeu: “A Bíblia diz que os homossexuais não herdarão o Reino de Deus”.
Se sentindo ofendidas, as duas mulheres resolveram acusar o evangelista de “homofobia”. O pregador precisou parar numa delegacia de polícia, onde teve que prestar esclarecimentos. No local, ele descobriu que foi acusado de “discurso de ódio”.
Ensino “não apropriado”?
A Crown Prosecution Service (CPS), que conduziu o processo contra o evangelista, fez uma declaração surpreendente ao ignorar o caráter religioso dos textos sacros da Bíblia, alegando que o ensino bíblico que condena o pecado do homossexualismo não seria mais “apropriado” para os dias atuais.
“Há referências na Bíblia que simplesmente não são mais apropriadas na sociedade moderna e que seriam consideradas ofensivas se declaradas em público”, disse o CPS.
No entanto, para Andrea Williams, diretora executiva do Christian Legal Center, organização cristã que defende, no aspecto jurídico, cristãos vítimas de algum tipo de abuso quanto à liberdade de crença, a verdade é que a narrativa de “discurso de ódio” tem sido usada de forma proposital para censurar o contraditório.
“Ofensa é um conceito inteiramente subjetivo e é facilmente manipulado para acabar com pontos de vista que as pessoas simplesmente não gostam”, disse ela, segundo informações do Christian Concern.
“Qualquer sugestão de que existe o direito de não ser ofendido deve ser fortemente rejeitada. Na democracia de hoje, precisamos de liberdade para debater, desafiar e discordar”, destacou a jurista ao criticar a acusação de homofobia atrelada ao caso.
O caso de Dunn, felizmente, acabou sendo arquivado no último dia 13, porque as duas mulheres homossexuais não compareceram no dia da audiência em que o evangelista poderia ter sido condenado. Ao comentar o episódio, ele reiterou que a sua intenção nunca foi ofender, mas sim anunciar apenas o que a Bíblia ensina.
“Quando prego, só digo o que está na Bíblia. Quando elas me disseram que estavam em um casamento entre pessoas do mesmo sexo, fiquei preocupado com elas”, declarou o evangelista cristão.
“Tive que comunicar as consequências de suas ações com base no que a Bíblia diz. Eu queria avisá-las, não por condenação, mas por amor. Eu queria que eles soubessem que existe perdão através do amor de Jesus”, conclui Dunn.