Inicialmente aterrorizados pelo barulho dos tiros de arcabuzes, os índios da costa brasileira logo passaram a negociar a compra dessas armas de fogo com traficantes de Pau Brasil Franceses e Portugueses, pois tinham a pretensão de usar a nova tecnologia bélica dos europeus para a Guerra com seus antigos inimigos.
O alemão Hans Staden que esteve no Brasil em 1549 a serviço dos portugueses relata que era frequente que “o índio troca o Pau Brasil pelo arcabuz”Também Staden escreveu em “História verdadeira e descrição…” (Marburgo, 1557) que uma tribo tupinambá que o conduziu à aldeia de Ubatuba usava armas de fogos contra os portugueses e os Tupiniquins.
O Líder dos Índios Tamoios, Cunhambebe, foi o primeiro indígena no Brasil de que se tem notícia, a usar armas de fogo em guerra. É citado na obra do religioso francês André Thévet “Les singularitez de la France Antarctique”, que relata que Cunhambebe usou arcabuzes comprados dos franceses para invadir e conquistar o território dos índios temiminos na Ilha do Governador em 1555.
Os armadores franceses que negociavam em Cabo Frio , também vendiam espingardas e arcabuzes aos Tupinambas e Tamoios , os quais de novo unidos aos Franceses em 1570 ameaçaram a nova cidade de São Sebastião fundada por Estácio de Sá.
Fonte: Ouro vermelho: a conquista dos índios brasileiros – Página 144 John Hemming ·
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