Após o atentado sofrido em uma mesquita em Christchurch, na Nova Zelândia, um grupo de motociclistasprometeram fazer a guarda dos muçulmanos enquanto eles fazem suas primeiras orações depois do ocorrido na sexta-feira. Grupos como The Mongrel Mob, King Cobra e The Black Power prometeram dar apoio à comunidade muçulmana de todo o país.
No massacre ocorrido na última sexta-feira, 15 de março, 50 pessoas, com idades entre 3 e 77 anos, foram mortas e outras dezenas ficaram feridas depois que um homem, que se autodeclarava supremacista branco, invadiu duas mesquitas e atirou nas pessoas presentes e filmou todo o ato.
Em um manifesto divulgado pelo homem, repleto de falas racistas, ele informou que o ataque estava sendo planeja há dois anos. Após os ataques, a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, em comunicado informou que rifles de assalto e armas semi-automáticas foram proibidos no país.
Nobre atitude
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O presidente do grupo Waikato Mongrel Mob, Sonny Fatu, ofereceu-se para proteger a Mesquita Jamia Masjid, em Hamilton. “Apoiaremos e ajudaremos nossos irmãos e irmãs muçulmanos por quanto tempo precisarem de nós,”, disse Fatu ao portal neozelandês Stuff.
Ele informou que as pessoas começaram a entrar em contato com o grupo e lhes informou que os membros da comunidade muçulmana estavam receosos e com medo de fazerem suas orações tradicionais de sexta-feira.
“A questão era se poderíamos fazer parte da rede de segurança para que eles pudessem orar em paz sem medo. É claro que faríamos isso, não havia dúvidas sobre isso e estaríamos vestidos apropriadamente”, completou Fatu.
Fatu ainda explicou como a barreira humana seria organizada pelos membros de seu grupo de motociclistas. “Nós não estaremos armados. Estamos garantindo pacificamente o perímetro interno fechado, com outros membros da comunidade, para que se sintam à vontade”.
O apoio
Asad Mohsin, chefe da Associação Muçulmana de Waikato, demostrou o quanto está feliz pelo apoio recebido pelos motoqueiros, entre outras pessoas de diferentes setores da sociedade, com interesses e disposições diferentes.
“Nós não estaremos armados. Estamos garantindo pacificamente o perímetro interno fechado, com outros membros da comunidade, para que se sintam à vontade”, disse Asad.
“O Islã é inclusivo, livre de julgamento – nós não vemos membros de gangues, como os vemos. Nós os valorizamos como humanos e apreciamos que eles também nos valorizem”, completou.
Em entrevista ao New Zealand Herald, Asad disse: “Não há medos, e não estamos com medo. Eles não precisam ficar do lado de fora da mesquita, eles podem entrar, bem atrás de onde o sermão é dado”.
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Membros da gangue The King Cobra no último sábado, 16, prestaram uma homenagem aos membros da mesquita Al-Masjid Al-Jamie, em Ponsonby.
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Outros integrantes da Mongrel Mob também mostraram todo seu apoio à comunidade muçulmana neozelandesa por todo o país, incluindo a filial de Aotearoa, que prestou uma homenagem a eles na escola Hagley College, em Christchurch. Um integrante de uma das gangues está fazendo a proteção de uma mesquita em Sydney, na Austrália.
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