Barroso envia à PGR notícia-crime contra Alcolumbre após denúncia de “rachadinha”
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República pedido de investigação contra o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) por suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete. A notícia-crime foi apresentada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) após reportagem da revista “Veja”, publicada na semana passada.
Em seu despacho, Barroso disse que é pacificado que “o Tribunal não processará comunicação de crime, encaminhando-a à Procuradoria-Geral da República”. “Assim, como de praxe, encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da República para manifestação”, escreveu.
Segundo a revista, seis funcionárias fantasmas eram obrigadas a devolver parte de seus salários. “Todo o contexto apresentado pela revista ‘Veja’ está a merecer uma apuração minuciosa desta Suprema Corte e do digno representante do Ministério Público”, argumentou Vieira na petição.
Alcolumbre é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, desde julho, vem ignorando o agendamento da sabatina de André Mendonça, ex-ministro da Justiça, indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em nota, Alcolumbre disse ser “nítido e evidente” que a acusação foi “orquestrada por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado” e afirmou desconhecer os fatos apontados pela revista.
Em outra ocasião, Alcolumbre afirmou que estaria sendo vítima de “chantagem” e tentativa de intimidação, mas que não aceitaria ser “ameaçado”. O parlamentar tem sido alvo de críticas por estar se recusando a pautar a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado por Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mendonça foi indicado em agosto passado, mas desde então vem encontrando resistências por parte do senador, o qual já teria circulado pelo Senado mostrando mensagens de Mendonça em apoio à operação Lava Jato, numa suposta tentativa de garantir votos contra a sua oficialização no Plenário da casa. Com informações: Valor.
Fonte: Tribuna de Brasília