Defensores públicos denunciam perseguição por contrariarem ideias de esquerda
Defensores públicos não alinhados com pautas de esquerda estão reclamando de pressões internas e externas quanto à atuação dentro da Defensoria Pública da União (DPU). Eles afirmam que vêm sendo perseguidos através de sindicâncias internas e boicotes. As denúncias foram feitas pelo jornal Gazeta do Povo.
Os eventos, embora nem sempre causem punições, têm ocasionado desgastes internos e prejudicado o trabalho e procedimentos. Os conflitos ideológicos chegam aos órgãos disciplinares internos.
O último caso envolve o defensor Nacional dos Direitos Humanos, André Porciúncula, que cobrou providências sobre uma cartilha que dá orientações sobre como fazer abortos em casa. O documento foi elaborado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.
Mesmo com uma peça embasada em posicionamentos do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e pelo Conselho Federal de Medicina contra o aborto por telemedicina, o defensor público foi alvo de 26 representações na Corregedoria do órgão. Todas foram protocoladas em função do posicionamento de Porciúncula sobre o tema.
Além desse caso, outros defensores alertam para perseguição assinada até mesmo por partidos como o PT e o PSOL. A Defensoria Pública argumentou que as sindicâncias internas “asseguram a ampla defesa e o contraditório”.