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Conheça 4 aviões de assalto mais ameaçadores do mundo, tem um brasileiro e um russo

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jul 8, 2019

Baixa velocidade, blindagem forte e armas poderosas: na aviação militar tática a combinação destas três características é típica somente para aviões de assalto. A época de ouro destes aviões ameaçadores, destinados ao suporte de tropas terrestres, ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial.

Com o surgimento da aviação a jato, parecia que seus tempos acabaram definitivamente. Contudo, a história dos conflitos da segunda metade do século XX (e das primeiras guerras do novo século) provou que estes veículos simples, lentos e meio feiosos são capazes de cumprir missões em que os outros aviões, mais complexos, caros e modernos, são inúteis. A Sputnik dedicou esta matéria à seleção dos aviões de assalto mais ameaçadores que estão em serviço em diferentes países.

A-10 Thunderbolt II

O bombardeiro estratégico russo Tu-22M3

© SPUTNIK / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIAComo aviões de combate modernos ‘rompem’ defesa antiaérea de adversáriosNo início, o avião de assalto norte-americano A-10, adotado ao serviço pela Força Aérea dos EUA em 1977, era tratado com ceticismo. Era lento, frágil e realmente feio quando comparado com os caças “futurísticos” F-15 e F-16. Por causa de sua aparência, foi apelidado de “javali-africano” (Warthog). No Pentágono estavam indecisos se este avião era ou não necessário à Força Aérea do país. Contudo, foi o próprio veículo aéreo que colocou o ponto final na discussão durante a operação Tempestade no Deserto. De acordo com os militares, em sete meses, os cerca de 150 A-10 destruíram mais de 3.000 unidades de material blindado do Iraque. Com o fogo de resposta foram derrubados apenas sete aviões de assalto norte-americanos.

A característica principal do “facócero” é a sua arma principal. O avião foi construído praticamente em torno a um canhão de sete canos rotativos GAU-8. Em um segundo, este á capaz de lançar contra o inimigo 70 projetis de 30 milímetros, cada um pesando quase meio quilo. Mesmo uma rajada curta é suficiente para pôr fora de combate uma coluna de tanques. Além disso, o avião é capaz de transportar mísseis guiados e não guiados, bem como bombas e peças de artilharia suspensas.

A-10 Thunderbolt II

© FLICKR.COM/ MARKSONTOKA-10 Thunderbolt II

Vale destacar que este avião tem a duvidosa fama de “recordista” em fogo amigo. Durante as duas campanhas iraquianas, bem como no Afeganistão, o fogo dos A-10 atingiu por várias vezes tropas que os aviões deveriam apoiar. Aconteceu com frequência que civis também viraram alvos do A-10. O problema é que a maior parte destes aviões de assalto conta com uma eletrônica simplificada ao máximo que nem sempre permite identificar o alvo no campo de batalha. Não é surpreendente que quando eles aparecem no ar não são somente os inimigos que saem correndo, mas suas próprias forças também.

Su-25

Presidente russo, Vladimir Putin, durante a viagem à base aérea de Hmeymim na Síria

© SPUTNIK / MICHAEL KLIMENTYEVO melhor dos melhores: aviões impressionantes usados por líderes mundiais (FOTOS, VÍDEO)Este famoso avião soviético decolou pela primeira vez em 22 de fevereiro de 1975, e até agora está ao serviço em mais de 20 países. Seguro, potente e com grande capacidade de sobrevivência, este avião conquistou rapidamente o amor dos pilotos. O Su-25 possui um conjunto potente de armas: canhões, bombas, misseis guiados e não guiados “ar-terra” e mísseis guiados “ar-ar”. Além do canhão GSh-30-2 de 30 milímetros, o avião pode ser equipado com 32 tipos diferentes de armas.

A principal característica do Su-25 é sua proteção. A cabine do piloto está coberta por blindagem em titânio cuja espessura é de 10 a 24 milímetros. Todos os sistemas cruciais do avião são revestidos por titânio e são duplicados. Quando um deles fica danificado, o outro entra em funcionamento imediatamente.

Caças russos Su-25 decolando da base aérea em Hmeymim, Síria (foto de arquivo)

© SPUTNIK / DMITRY VINOGRADOVCaças russos Su-25 decolando da base aérea em Hmeymim, Síria (foto de arquivo)

Seu batismo de fogo aconteceu no Afeganistão. A baixa velocidade de voo permitia-lhe realizar ataques em condições complexas de montanhas e salvar a infantaria cuja situação parecia desesperada. Durante os 10 anos de guerra foram derrubados 23 aviões de assalto. Enquanto isso, não foi registrado nenhum caso de perda de avião devido à explosão de reservatórios de combustível ou à morte do piloto. Houve casos em que os Su-25 voltavam à base após as missões com mais de cem brechas na fuselagem. Foi a campanha afegã que deu ao avião russo o seu segundo apelido de “tanque voador”.

EMB-314 Super Tucano

Em comparação com os pesados Su-25 e A-10, o avião turboélice de assalto brasileiro Super Tucano é mais parecido com uma aeronave de acrobacia aérea ou de treinamento. É verdade que inicialmente este veículo de dois lugares foi projetado como avião de treinamento para pilotos militares. Posteriormente, o BEM-314 que decolou pela primeira vez em 2 de junho de 1999, foi aperfeiçoado. A cabine do piloto foi protegida com uma blindagem de kevlar, e na fuselagem foram incorporados duas metralhadoras de 12,7 mm. Além disso, o avião é capaz de transportar um canhão de 20 milímetros, bem como mísseis não guiados e bombas de queda livre.

Avião de combate EMB-314 Super Tucano

© AFP 2019 / EVARISTO SA / AFPAvião de combate EMB-314 Super Tucano

É evidente que os tanques não têm nada a temer de tal tipo de aeronave, além disso, a blindagem de kevlar não protege do fogo da artilharia antiaérea. Contudo, o Super Tucano não tem como objetivo participar de operações militares convencionais. Estes aviões são utilizados largamente contra a guerrilha. Em particular, são utilizados pelo governo da Colômbia na luta contra narcotraficantes. No momento, o avião de assalto brasileiro está participando do concurso da Força Aérea estadunidense para compra de 200 aviões que serão utilizados no Afeganistão contra talibãs.

Alpha Jet

O avião de assalto ligeiro Alpha Jet, desenvolvido pela empresa alemã Dornier junto com o consórcio Dassault-Breguet, tem sido utilizado desde 1977, e atualmente está ao serviço de 14 países. Estes aviões têm como objetivo alvos móveis ou estacionários, principalmente no campo de batalha ou em profundidade tática defensiva. Eles permitem resolver tarefas como suporte aéreo de tropas terrestres, isolamento do campo de batalha, negação da possibilidade de o inimigo suprimir reservas e munições, bem como vigilância aérea acompanhada por ataques contra os alvos detectados.

Avião de assalto Alpha Jet

CC BY-SA 2.0 / AIRWOLFHOUND / ALPHA JET – RIAT 2007Avião de assalto Alpha JetEntre as particularidades do Alpha Jet vale destacar sua alta capacidade de manobra e grande capacidade de carga útil para a sua categoria – 2,5 toneladas. Sendo assim, o avião pode ser equipado com um arsenal impressionante de armas: um canhão DEFA 553 de 30 mm ou um canhão Mauser de 27 mm ou duas metralhadoras de 12,7 mm, bombas de queda livre de até 400 quilos e misseis não guiados de 70 mm. Estas armas permitem a esse avião de assalto ligeiro e barato combater qualquer tipo de alvos terrestres, desde a infantaria até tanques e fortificações.


https://br.sputniknews.com/defesa/2018011510281167-avies-assalto-brasil-russia-eua-alemanha/

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