Um bombardeiro B-2 Spirit da Força Aérea dos EUA (USAF) pegou fogo após fazer um pouso de emergência no Missouri, no último sábado (10). Ainda não se sabe a extensão dos danos à aeronave stealth, também reconhecida por seu preço exorbitante de US$ 2.2 bilhões.
O incidente, que não deixou feridos, ocorreu na Base Aérea de Whiteman, sede de 19 dos 20 bombardeiros B-2 Spirit dos EUA. Em nota a 509ª Ala de Bombas disse: “Um B-2 Spirit da Força Aérea dos EUA sofreu um mau funcionamento durante o voo durante as operações de rotina hoje e foi danificado na pista da Base Aérea de Whiteman após concluir com sucesso um pouso de emergência. Não houve ferimentos pessoais. Houve um incêndio associado à aeronave após o pouso e o corpo de bombeiros da base extinguiu o incêndio. O incidente está sob investigação.”
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Pelas redes sociais, um usuário relatou que o bombardeiro estratégico estava com a asa na grama, algo não confirmado até o momento. Conforme observa o portal The War Zone, o incidente deste final de semana é similar a outro ocorrido em setembro de 2021.
Naquela ocasião, o B-2 derrapou para fora da pista de Whiteman, causando um colapso do trem de pouso esquerdo e fazendo a asa cair na grama. A aeronave foi levada à sede da Northrop Grumman, seu fabricante, onde foi reparada à um custo aproximado de US$ 10 bilhões.
O mais recente incidente com o B-2 Spirit também ocorre poucos dias depois que o B-21 Raider, substituto do modelo atual, foi oficialmente apresentado ao público. Apenas 21 aeronaves foram fabricadas. Uma delas sofreu perda total em um acidente na Base Aérea de Andersen/Guam, no Pacífico, em 2008.
O Spirit é um dos mais importantes aviões da frota dos EUA, membro da tríade nuclear do país. A aeronave “invisível aos radares” está em operação há 25 anos, tendo estreado em combate durante a Guerra no Kosovo em 1999. O B-2 possui quatro motores turbofan General Electric F118, tem alcance de 11,000 km e pode carregar 23 toneladas de bombas convencionais ou nucleares.