Os funcionários da estatal terão de desembolsar R$ 520 por mês até 2030 para reparar o buraco gerado pela corrupção petista
Os carteiros devem trabalhar até 2030 para cobrir o rombo feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no fundo de pensão dos Correios, também conhecido como Postalis. É o que disse o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista concedida na quarta-feira 15, à jornalista Leda Nagle.
“Quando você encontrar com um carteiro, peça para ver o contracheque dele”, disse o chefe do Executivo. “Não é para saber quanto ele está ganhando, não. Há um desconto especial no contracheque, em torno de R$ 520 por mês. Isso porque o fundo de pensão dos Correios foi assaltado pelo PT. O partido comprou papéis de empresas venezuelanas. O rombo é enorme. Para os carteiros não perderem a aposentadoria, terão de pagar R$ 520 por mês até 2030.”
Bolsonaro também disse que a privatização dos Correios depende do Parlamento brasileiro. “A situação está bastante avançada”, afirmou.
O rombo
Em setembro do ano passado, o ex-secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que a corrupção nos Correios levou a um déficit de R$ 13 bilhões no Postalis.
O aposentado beneficiário do fundo de pensão, que imaginava receber R$ 4 mil por mês, hoje recebe cerca de R$ 3 mil. O restante é direcionado para reparar o buraco provocado pelas irregularidades dos petistas.
O secretário também ressaltou a melhora na administração da empresa durante o governo Bolsonaro, ao comparar o prejuízo de R$ 2 bilhões registrado pela estatal em 2015 com o lucro de R$ 1,5 bilhão verificado em 2020.