Estrutura impede que rejeitos cheguem à tubulação e bombas de captação de água em Pará de Minas. Outras duas serão construídas e devem ser concluídas no próximo domingo (3), segundo a Vale.
Por G1 Centro-Oeste de Minas 02/02/2019
A montagem da primeira estrutura de contenção de rejeitos no Rio Paraopeba em Pará de Minas, decorrentes do rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão em Brumadinho, foi concluída neste sábado (2).
Ao todo, serão montadas três linhas de barreira ao longo do rio, com espaçamento de 20 metros entre elas. Uma equipe da Vale está em Pará de Minas desde a manhã da última quarta-feira (30) para a montagem da estrutura, que tem 250 metros de extensão e altura modulável.
Em nota, a Vale afirmou que a ação é uma medida preventiva para garantir o abastecimento de água de Pará de Minas.
Arte mostra como funciona a cortina antiturbidez, sistema que protegerá bombas de captação de água no Rio Paraopeba — Foto: Alexandre Mauro/Arte G1
Segundo a Vale, duas estruturas serão colocadas antes do ponto onde a concessionária Águas de Pará de Minas, responsável pelo abastecimento de água da cidade, capta a água do rio. A terceira, que foi finalizada nesta sexta-feira, impede que os rejeitos cheguem à tubulação e às bombas de captação.
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Nesta sexta-feira, a assessoria de comunicação da Vale confirmou ao G1que a montagem das três barreiras de contenção deveria ser concluída no próximo domingo (3).
A estrutura da “cortina antiturbidez” foi anunciada pela empresa na última segunda-feira (28) como uma medida para conter os rejeitos da lama que descem pelo curso d’água do rio. Parte da rede de contenção foi instalada nesta quinta-feira (31) no entorno das bombas de captação do Sistema de Abastecimento Paraopeba.
Na ocasião, a área onde as bombas ficam foi isolada para a instalação de boias cilíndricas que formam uma barreira de contenção do avanço dos elementos na água, além de correntes metálicas que mantêm a estrutura suspensa.