O governo do Rio de Janeiro, comandado por Wilson Witzel (PSC), chamou de volta 14 agentes de segurança que estavam cedidos para fazer a segurança de deputados estaduais bolsonaristas. A Secretaria da Casa Civil publicou o ato no Diário Oficial do Estado nesta 6ª feira (22.nov.2019).
© Sérgio Lima O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), trocou farpas com o presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas
Deputados afetados disseram ao jornal O Globo que a medida foi uma retaliação do governador. Witzel e Bolsonaro estão em campanha aberta pela presidência da República em 2022, disputando o mesmo eleitorado.
O presidente da República acusa o governador de ser o responsável por ligar seu nome ao assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), morta a tiros em março do ano passado. Na 5ª feira (21.nov), o presidente afirmou que Witzel usa a Polícia Civil do Rio de Janeiro para destruir a família Bolsonaro.
Márcio Gualberto (PSL-RJ), deputado estadual próximo da família presidencial, acusou o governador de querer a morte dos apoiadores do presidente da República.
“Sem dúvida alguma foi retaliação. Ele só fez isso com os deputados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro. Ele tomou essa atitude mesmo sabendo que sobre nós pesam ameaças. Ele deseja não somente nos destruir como também que sejamos assassinados”, afirmou a O Globo.
Ao todo, seriam 5 os deputados atingidos pela medida. Entre os 14 agentes de segurança chamados de volta, 8 são da Polícia Militar, 4 da Civil e 2 da Administração Penitenciária.
O governo do Estado afirmou a O Globo que houve pedido das polícias Militar e Civil e da Administração Penitenciária para que seus servidores voltassem para suas ocupações normais.