Países iniciam manobras secretas para treinar cenário de guerra nuclear
Por enquanto, os governantes lidam com ameaças na esfera psicológica, com demonstrações cada vez mais ousadas de cada nação, sobre seu arsenal bélico.
FONTE: GUIAME, CRIS BELONI
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) iniciou em 18 de outubro o exercício anual Steadfast Noon, com a participação de 14 países europeus, incluindo a Alemanha, durante o qual será treinado um cenário de guerra nuclear.
No exercício estão envolvidas dezenas de aeronaves, incluindo caças com capacidade nuclear, aviões de combate, de reabastecimento e de reconhecimento, de acordo com informações da agência suíça STA.
Os detalhes das manobras são altamente secretos, mas uma análise das informações de voos conduzida por Hans Kristensen, especialista nuclear da Federação de Cientistas Americanos em Washington, EUA, concluiu que o exercício deste ano está sendo realizado no espaço aéreo sobre o território sul da Aliança.
Isso significa que, entre outras coisas, poderá ser treinado o uso de bombas nucleares americanas B61, que se acredita estarem armazenadas na base da Força Aérea italiana de Ghedi. Informa-se que os voos de treinamento serão realizados sem armas.
O que são as bombas nucleares?
As armas nucleares, também conhecidas por bombas atômicas, são armamentos de grande poder destrutivo. Sua força vem de reações nucleares que acontecem no núcleo dos átomos. Trata-se do “poder explosivo”.
Esse tipo de arma foi utilizado ao final da Segunda Guerra Mundial, pelos Estados Unidos, contra duas cidades japonesas: Hiroshima e Nagasaki. Na primeira, foi utilizado o urânio e, na segunda, o plutônio.
Estima-se que cerca de 200 mil pessoas tenham falecido por consequência de seu uso, tanto no momento da explosão quanto pela radiação liberada.
Primeira bomba atômica americana que foi lançada na cidade japonesa de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945. (Foto: AFP)
Nações estão sendo treinadas para uma guerra nuclear
As armas nucleares fazem parte dos conflitos políticos. Durante a Guerra Fria, por exemplo, URSS e EUA entraram numa corrida armamentista, buscando expandir ao máximo seu poder bélico para demonstração de força.
Nessa demonstração, ocorre a perspectiva de destruição mútua e os países lidam primeiro com as ameaças na esfera psicológica, na tentativa de evitar uma guerra real. Mas, ultimamente, as ameaças de ataques parecem mais frequentes e as demonstrações mais ousadas.
Além dos 29 países que fazem parte da OTAN — que foi criada com o objetivo principal de defender os países membros de ameaças comunistas — há outras nações que se preparam para um cenário de guerra.
Testes com armas nucleares
A China, por exemplo, testou na semana passada um míssil hipersônico com capacidade nuclear que circulou a Terra, chamando assim a atenção de autoridades americanas. O planador estava armado com uma ogiva nuclear e foi lançado por um foguete do tipo Long March.
Imagens de satélite já mostraram que os chineses estão construindo mais de 100 silos de mísseis, expandindo suas forças nucleares e mostrando que se preparam para uma guerra de verdade.
Israel tem apontado para o Irã e alertado internacionalmente que o país está bem perto de obter uma arma nuclear e, por isso, já considera a possibilidade de atacar as instalações iranianas.
Coreia do Norte é outra nação que tem exibido a diversificação de seu arsenal nuclear. Uma sequência de testes com mísseis tem chamado a atenção do mundo inteiro. A ONU chegou a convocar uma reunião de emergência, na última quarta-feira (20), para discutir o assunto.
A imprensa informou que o míssil balístico coreano lançado sobre o mar do Japão, a partir de um submarino na terça-feira (19), estava equipado com “muitas tecnologias avançadas de controle e orientação”.
Coreia do Norte dispara míssil balístico para o mar do Japão. (Foto: Reuters)
O que a Bíblia diz sobre as guerras
De acordo com a Bíblia, “guerras, rumores de guerras e rebeliões” devem acontecer antes da segunda vinda de Cristo, conforme os textos de Mateus 24.6 e Lucas 21.9. São sinais do fim dos tempos, mas conforme o alerta de Jesus: “Ainda não é o fim”.
A rivalidade entre as nações e reinos se dá pelos mais diversos motivos: disputa por territórios e terras, diferenças étnicas, religiosas, econômicas e culturais, ideologias e até por posse de recursos como água e minérios.
A história humana é marcada por conflitos, e raríssimos foram os anos nos quais nenhuma guerra aconteceu no planeta. O século XX, por exemplo, ficou marcado por confrontos em diferentes partes do mundo, sendo que alguns deles foram extremamente traumáticos e marcantes. Entre eles, as duas Guerras Mundiais.
Agora, em pleno século XXI, as pessoas se perguntam se a situação pode ser pior que no século passado. Ao que tudo indica, os rumores de guerra estão cada vez mais frequentes e as notícias de guerras não param de chegar.
“Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Tudo isso será o início das dores.” (Mateus 24.7,8)
“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como