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Por que o comunismo é inalcançável, inválido e momentâneo?

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maio 5, 2019 #comunismo

Segundo os marxistas, o estado deve atender as necessidades dos proletários, monopolizando todos os meios de produção na mão do estado para produzir o necessário para o povo até a materialização do estado e dos trabalhadores em apenas um, diferente do chamado socialismo utópico que espera uma entrega voluntária dos meios de produção dos burgueses para os proletários.

Acontece que há dois problemas com a monopolização dos meios de produção: o cálculo e incentivo econômico. Se os meios de produção não possuem proprietários privados, sendo pertencentes ao estado, não há um genuíno mercado entre eles, se não há mercado, é impossível a formação de preços legítimos para esses meios de produção (incluindo salário de mão de obra), se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de custos, e sem cálculo de custos, é impossível haver qualquer racionalidade econômica na alocação para atender às demandas mais urgentes dos consumidores, já que todos terão teoricamente a mesma demanda, e no momento que houver áreas com necessidade extrema de recursos, não terão sua devida urgência de oferta, o que implica, paradoxalmente, que uma economia planejada, é impossível de ser planejada.

Além disso, não há incentivos econômicos, pela inexistência do lucro, e um sistema que premia a inatividade, pois você não é recompensado pelo seu esforço que gerou valor para as pessoas, apenas recebendo o necessário para a sua subsistência, incentivando que pessoas não trabalhem pelo seu sustento, e espere de graça pelo estado ou outros trabalhadores. Teremos que colocar confiança também na centralização dos meios de produção em um líder ou grupo de pessoas, que na teoria deveriam ser honestos, mas na prática se tornam os maiores ditadores do mundo, consequência da entrega de sua liberdade por segurança em garantir o necessário para todo mundo nas mãos de um ser corruptível, no fim você acaba sem os dois.

Sabendo do incentivo para a inatividade e da impossibilidade do cálculo econômico, o estado de transição para o comunismo só dura até a riqueza já existente for totalmente consumida, sendo necessário métodos para financiamento alternativos do regime, como por exemplo, nos seguintes países, por mais que tenham deturpado Marx, financiamento em Cuba com Mais Médicos, Coreia do Norte e União Soviética com campos forçados de trabalho para opositores e/ou pessoas que buscam uma vida melhor para alimentar uma família, tendo como requisito de segurança para participar desses campos ter uma família, para assim se houver uma fuga, o governo possa ameaçar a família do fugitivo de morte, similar aos médicos de Cuba. Há outros métodos também como os benefícios da monopolização da extração dos recursos naturais, como a Venezuela com o petróleo, lembrando que os países só chegaram a esse ponto, porque era necessário para a manutenção do socialismo, já que não há mais empresários ou trabalhadores com incentivo para confiscar riquezas produzidas, sem incentivo para o lucro ou trabalho, sendo depois disso a sua queda inevitável ou se entregar a necessidade de alguma abertura de mercado.

Segundo marxistas, Marx não conseguiu em vida apontar como seria a transição do modo de produção capitalista para o socialista, porém isso independe do comunismo ser aplicado “corretamente”, pois qualquer forma que tentarmos aplicá-lo, essa idealização ainda continua a ser contrariada por problemas e questões reais, além de que como Marx nunca conseguiu terminar seus manuscritos, toda nova tentativa será uma deturpação. Com a coletivização dos meios de produção, quais incentivos haveriam para se aliar os avanços científicos ao processo produtivo, de modo a aumentar a riqueza da produção social, de maneira que acompanhe o crescimento populacional, sem acumulação privada de capital, que é o que proporciona incrementos crescentes da eficiência produtiva ou automação do trabalho, sendo que os únicos avanços científicos alcançados, foram financiados através da espoliação das riquezas que já foram produzidas, campos de trabalho forçado e do próprio povo sem oferecer praticamente nada em troca, e que não tinham muita utilidade para os trabalhadores, visto que o financiamento não era de forma privada com oferta e demanda, causando gastos infinitos e/ou sem alocação correta, problema que ocorre até mesmo hoje com o financiamento de pesquisas estatal, que por mais que alguma descoberta seja de alguma forma útil para os indivíduos, ela não é a mais demandada no momento.

E por último, a materialização da sociedade com o Estado não seria possível na realidade que vivemos. Diferente da lei de propriedade privada, que é inerente ao ser humano, que até mesmo uma criança entenderia, tendo uma consciência de posse, no comunismo as pessoas teriam que não ser elas mesmas, mas um conjunto de indivíduos que pensam juntos, e nunca em seus interesses individuais, o que é impossível humanamente em larga escala, pois sempre estamos tentando alcançar um estado de maior satisfação, mesmo ao fazer o bem para os outros, e alguma hora o indivíduo vai priorizar ele mesmo. Há um filme que representa de alguma forma essa idealização em uma distopia, chamado Equilibrium, que por mais que tenha um líder supremo, a sociedade está materializada no próprio Estado de forma ficcional, em que através de injeções de drogas no povo, inicialmente através da coerção, mas após da primeira dose, periodicamente pelo próprio povo, eles não são capazes de sentir emoções, e eles próprios destroem livros, arte e música para evitar que vejam novamente e voltem a sentir. E por que é necessário eles não terem emoções? Para em hipótese alguma pensar em si mesmo como indivíduo, mas no bem da sociedade, queimando tudo que desencadeie emoções que “destroem” a sociedade, que causariam guerras, disputas, conflitos, entre outras.

Perguntas e respostas relacionadas a propriedade privada:

Por que o contrato social é inválido?

Consentimento é do indivíduo que o fez, e não pode ser concedido por um terceiro, sendo assim, o consentimento de um indivíduo de hoje não pode ser concedido por um ancestral.

No Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau, há o seguinte trecho: “Com efeito, se não houvesse em absoluto convênio anterior, onde estaria, a menos que a eleição fosse unânime, a obrigação, por parte do pequeno número, de se submeter-se à escolha do grande número, e como cem indivíduos que desejam um senhor podem ter um direito de votar por dez que de modo nenhum o desejam? A lei da pluralidade dos sufrágios é por si mesma um estabelecimento de convênio e supõe, ao menos uma vez, a unanimidade.”

Segundo o texto, não vivemos em um contrato social no Brasil, pois nem todos concordaram com a ditadura militar de 1964, nem mesmo o golpe republicano de 1889, ou com as constituições, porque não foi decisão unânime dos indivíduos em aceitar aquele contrato, nem de quem acabou de nascer com a imposição de um RG, pressupondo que ela não concorde em ser marcada.

Por que a propriedade existe independente do estado?

Porque é uma lei natural apriorística dentro do arcabouço do a priori da argumentação e não pode ser negado, porque a negação implica no reconhecimento da propriedade privada ou controle exclusivo da outra pessoa através da argumentação, sendo a ação de negar uma contradição performativa. A propriedade privada é uma necessidade lógica de resolução de conflitos, determinando quem tem o direito exclusivo do meio escasso, e que não é decidida por indivíduos, pois sua descoberta é natural e racional, e a negação naturalidade é negar a natureza humana tratando o ser humano como qualquer animal irracional, além de que o pensamento empirista já pressupõe de que há necessidade de partir de algo que não é capaz de ser analisado empiricamente. A defesa da propriedade necessita ser descentralizada, pois se for centralizada, temos um violador de propriedade privada para defender propriedade privada, sendo uma contradição em termos.

Pierre-Joseph Proudhon dizia que existiam dois tipos de propriedade, a ilegítima e a legitima, sendo ilegítima a propriedade dos nobres. Para os libertários, há três métodos de se adquirir propriedade privada:

*pelo processo de primeira apropriação que inclui misturar seu trabalho a um recurso sem dono;

*troca voluntária de mercadorias;

*concedida pelo proprietário anterior.

Por que cartórios privados não prescrevem a propriedade?

Os cartórios privados apenas têm um registro de títulos sobre a translação para diminuir o custo informacional, evitando fraudes, mas não prescrevem a propriedade.

Por que a propriedade não é inviolável?

O direito de controle exclusivo não é inviolável, mas injustificável, ou seja, a propriedade pode ser violada, mas não é possível justificar eticamente a violação de propriedade privada, pelo próprio ato de argumentação pressupor o reconhecimento do direito de controle exclusivo do outro indivíduo sobre suas propriedades.

Por que imposto é roubo?

É uma proposição analítica a priori, para dizer que imposto e roubo tem os mesmos significados:

Imposto – apropriação indébita de bem alheio, sem o consentimento do proprietário, mediante violência ou grave ameaça pelo estado.

Roubo – apropriação indébita de bem alheio, sem o consentimento do proprietário, mediante violência ou grave ameaça.

Dado que tem os mesmos significados, independente de sua utilidade depois do ato, “imposto é roubo” é uma proposição analítica a priori irrefutável.

Por que o capitalismo não é um modo de produção?

Para os libertários, o capitalismo é apenas trocas voluntárias de mercadorias/serviços entre indivíduos, ou seja, comércio. O capitalismo não é tão novo assim como marxistas apontam, o lucro sempre existiu, e a acumulação iniciou-se desde o abandono do nomadismo. A moeda é apenas uma modernização das trocas para representar o valor das mercadorias e serviços, sendo as moedas com as melhores características utilitárias para as trocas, como durabilidade, escassez, portabilidade, fungibilidade, reconhecimento, a ser a mais usada. O fim de lucrar não é apenas no capitalismo, mas em toda ação humana, pois toda ação busca um resultado melhor do que aquele que haveria na ausência da ação, toda produção, busca produzir mais riqueza.

Uma reflexão para os comunistas…

Não é obrigatório ler sobre uma teoria para falar dela, mas é aconselhável o seu estudo para não cometer erros semânticos. Leia primeiro, fale depois, pois para entender o que um autor diz é necessário se ver como um aluno enquanto lê, e não como um professor que presume que sabe de tudo o que o autor vai falar, a arrogância leva a ignorância, o que eu notei nos marxistas como do canal “Saia da Matrix”, seus seguidores e alguns de um grupo que participei, é que eles criticam os libertários individualistas com espantalho do que eles próprios presumiram, e não o que os libertários realmente acreditavam, acabando que não argumentaram nada do que os libertários acreditam, mas com outra semântica que eles estavam acostumados. Segue o catálogo de livros para estudo:

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