Nação levará 20 anos para alcançar padrão de vida europeu, diz ministro da Fazenda
O Brasil conquistará o posto de sexta maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido, de acordo com pesquisa publicada pelos principais jornais britânicos nesta segunda-feira. Se confirmado, será a primeira vez que o país fica atrás de uma nação sul-americana, de acordo com informações divulgadas pelo “Daily Mail”
Dados recentes divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) a respeito do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra que ainda existe um abismo separando Brasil e países desenvolvidos, como o Reino Unido (em 28º). De acordo com as últimas estatísticas, o Brasil ocupa a 84ª posição de um ranking com 187 países avaliados. No entanto, quando se leva em conta a desigualdade, o país perde 13 posições, ocupando a 97ª posição no ranking dos países.
Ao comentar as diferenças sociais, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que o país pode demorar entre dez e 20 anos para fazer com que o cidadão tenha um padrão de vida europeu:
— Isso significa que nós vamos ter de continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente — disse Mantega.
Crise pesou na queda do Reino Unido
Em 2010, o Brasil foi a sétima maior economia do mundo depois de ultrapassar a Itália. No terceiro trimestre deste ano, porém, o PIB brasileiro ficou estagnado, depois que o consumo das famílias e a indústria tiveram ligeira queda. Para 2012, o BC estima um crescimento de 3,5%, enquanto o ministro da Fazenda prevê uma expansão entre 4% e 5%. A crise bancária de 2008 e a recessão foram fatores determinantes para a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias do mundo, segundo o jornal “The Guardian”, que ainda destaca que a América do Sul tem crescido a partir das exportações para a China e Ásia.
— O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los na economia é um fenômeno novo — comparou Douglas McWilliams, CEO do Centro de Economia e Pesquisa de Negócios (CEBR, em inglês), consultoria responsável pela pesquisa.o Brasil tende a consolidar essa posição porque o País continuará com um ritmo de crescimento maior do que outros países, devido a crise que afeta, principalmente, as economias avançadas.
O ex-conselheiro britânico, Peter Slowe disse que “o Brasil tem uma variedade de recursos naturais com os quais pode contar”, como o petróleo e minerais da Amazônia.
O primeiro no ranking de maior economia são os Estados Unidos, à frente da China, Japão e Alemanha.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a posição de sexta maior economia deve ser consolidada, em um cenário de crise para as economias mais desenvolvidas.
— Os países que mais vão crescer são os emergentes como o Brasil, a China, a Índia e a Rússia. Dessa maneira, essa posição vai ser consolidada e a tendência é de que o Brasil se mantenha entre as maiores economias do mundo nos próximos anos — avaliou o ministro.