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Pesquisadores de MG criam espuma que absorve agrotóxicos dos alimentos e da água

Que o plástico é um problema ambiental seríssimo, todos sabemos. Mas suas complicações vão além da poluição e já temos até pesquisas sobre o material estar dentro do nosso corpo. Em uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, cientistas buscavam formas sustentáveis para substituir o plástico e acabaram desenvolvendo uma espuma capaz de reconhecer e absorver herbicidas dos alimentos e da água.

A tal espuma é de poliuretano, um tipo de matéria plástica usada para criar esponjas, espumas isolantes térmicas e acústicas e até solados de calçados. A novidade foi criada a partir de resíduos da indústria petroquímica e componentes naturais, como o óleo de mamona. A combinação facilitou a interação de grupos químicos com os pesticidas e possibilitou a identificação dos agrotóxicos.

Tomate, morango, mamão papaia, goiaba, figo, uva, pera, pêssego, melão são algumas das frutas consideradas com alto nível de agrotóxicos

Tomate, morango, mamão papaia, goiaba, figo, uva, pera, pêssego, melão são algumas das frutas consideradas com alto nível de agrotóxicos

Os pesquisadores tinham a preocupação da espuma chegar a extrair os nutrientes dos alimentos, mas os testes comprovaram que o produto apenas retira os agrotóxicos sem prejudicar as propriedades nutricionais dos alimentos. “A eficiência é em torno de 90% da espuma com resíduo, e como resíduo puro chega a 95% da remoção do pesticida”, explicou Lena Braga, engenheira química e pós-doutoranda da UFMG, ao site do jornal O Tempo.

A ideia é desenvolver um filme plástico a partir do material da espuma que, ao embalar o alimento em casa ou nos supermercados, consiga detectar e retirar os pesticidas. No caso da alface, por exemplo, se a folha for colocada na água com a espuma, o pesticida não vai passar para o líquido.

A pesquisa liderada pela engenheira química Marys Lane Almeida foi publicada no Journal of Hazardous Materials, em março deste ano.

Pensando ainda em alimentação e meio ambiente, a discussão sobre a nossa saúde está em foco com os absurdos da “PL do Veneno”, Projeto de Lei 6299/02 que visa atualizar a lei dos agrotóxicos, de 1989, mudando o termo “agrotóxico” para “defensivo fitossanitário” – entre outras bizarrices que favorecem o agronegócio. A proposta é do atual ministro da agricultura, pecuária e abastecimento, Blairo Maggi, do PP – já vale ficar de olho no partido e nas ideias que não pensam mais em sua conta bancária que na nossa saúde.

https://www.hypeness.com.br/2018/08/pesquisadores-de-mg-criam-espuma-que-absorve-agrotoxicos-dos-alimentos-e-da-agua/?fbclid=IwAR36Ln7o6lZHYSK2Kxz4JM9TXZm3oyUMyWZ5khsgftl3_0k6s0AAdGNRefg

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