Entidades como a Federação Nacional dos Jornalistas e o sindicato do estado onde o jornalista atua fingem desconhecer a detenção.
Sindicatos de jornalistas do Brasil fingem não saber da prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio, detido há 3 dias em Campo Grande (MS). Os sindicatos que geralmente fazem muito barulho para qualquer situação envolvendo jornalistas de esquerda, até o momento não se manifestaram sobre a detenção arbitrária de Eustáquio, como se a ação simplesmente não tivesse ocorrido.
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (SindjorMS) não se manifestou até agora, não emitiu nota de repúdio, não publicou nada sobre o assunto. Esse mesmo sindicato que em 22 de junho emitiu nota de repúdio alegando que jornalistas do Campo Grande News teriam sido agredidos.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também não se pronunciou sobre a prisão até o momento. No mesmo dia 22, a FENAJ publicou uma matéria reclamando da agressão a uma repórter na avenida Paulista.
Vale ressaltar que Oswaldo estava no exercício da profissão quando passava por Mato Grosso do Sul. Ele escreve para um jornal de Curitiba.
A Federação do Jornalistas do Paraná (SindjorPr) é outra entidade que também não comentou nada sobre o assunto.
Juntando-se a isso, os maiores veículos de comunicação, o inclui Globo, UOL e Estadão não tratam Oswaldo como jornalista, ele é sempre lembrado nas matérias como blogueiro. Em uma tentativa de rebaixá-lo, isso porque blogueiro é uma consequência de ser jornalista e não o contrário.
Oswaldo chegou a publicar no Twitter dele neste domingo o diploma de jornalista da Faculdades Integradas do Brasil, com titulação em 26 de abril de 2010.
Eustáquio tem mais de 113 mil seguidores do Twitter e atua no AgoraParaná, de Curitiba, onde ele publica principalmente matérias investigativas de grande repercussão. Ele passou pela Gazeta do Povo e já recebeu vários prêmios durante a carreira, como o da Adacropel e o Sangue Bom de Jornalismo.
A Polícia Federal prendeu o jornalista em Campo Grande (MS), na manhã de sexta-feira (26), a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Ele é investigado na Operação Lume, inquérito que apura financiamento e organização contra atos considerados antidemocráticos pelo Supremo