Após diversas críticas nas redes sociais contra a Globo, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu instaurar um inquérito civil contra a emissora por conta de um discussão sobre aborto exibido no capítulo do dia 19 de outubro. O órgão pretende saber se a emissora descumpriu a classificação indicativa e se abordagem serviu como “aula” para pratica do aborto.
O responsável pelo ação é o procurador da República Fernando de Almeida Martins, que já enviou um ofício para o Ministério da Justiça para saber o horário exato de exibição e a classificação indicativa recomendada à novela das sete.
Para o procurador, a dúvida da personagem Nana (Fabiula Nascimento) sobre manter sua gravidez ou não, foi mostrada de forma que pode ser entendida como dupla interpretação. Para ele, crianças e adolescentes não conseguem diferenciar o merchandising social de um incentivo ao aborto.
Na cena, Nana conversou com Paloma (Grazi Massafera) e se mostra confusa sobre o que fazer em relação à gestação.
– Pensando bem, ainda não é um bebê. É só um embrião. Não tem sistema nervoso, não tem coração, não é nem um humano ainda. Eu não sou a favor do aborto, ninguém é. Mas sou a favor do direito de decidir sobre o meu corpo, sobre a minha vida – diz a personagem de Fabiula.
Os discursos da personagem motivaram críticas nas redes sociais, que levaram o Ministério Público a abrir uma investigação sobre a possibilidade de a emissora ter feito apologia ao aborto.
– O MPF solicitou para a Coordenação de Classificação Indicativa, do Departamento de Promoção de Políticas de Justiça, do Ministério da Justiça, o horário de exibição e a classificação indicativa adotada para a novela. O MPF também pediu análise específica do capítulo em que a temática sobre aborto foi discutida, sob justificativa de incompatibilidade de exibição desse tipo de conteúdo ao horário infantojuvenil – diz a nota enviada pelo órgão para a imprensa.