Por Cristian Derosa
Segundo informou o site Conjur, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, saiu em defesa da honra do Foro de São Paulo, organização de extrema esquerda fundada pelo PT, por uma afirmação do presidente nas redes sociais. O ministro pediu que o presidente Jair Bolsonaro explique a afirmação de que o grupo é financiado pelo tráfico de drogas.
Ao comemorar uma ação da polícia, o presidente escreveu no Twtiter que a operação estaria ajudando a “sufocar o crime organizado e retirando o sustento de partidos e grupos terroristas que compõem o Foro de São Paulo”.
O presidente se refere ao recente processo de radicalização das esquerdas na América Latina, com os protestos no Chile, e a recente soltura de Lula, que vem fazendo ameaças de perturbação da ordem democrática. Essa radicalização coincide com o aumento recorde de apreensões de cocaína no Brasil, principal rota do tráfico.
A decisão de Barroso foi solicitada do Partido Democrático Brasileiro que pediu, em outubro, que o Supremo Tribunal Federal exija explicações do presidente.
Bolsonaro teria difamado a organização
Segundo o partido, Bolsonaro teria praticado a conduta típica descrita no artigo 139 do Código Penal, ao difamar a organização, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação.
“Difamar significa desacreditar uma pessoa publicamente, de modo a macular-lhe a reputação. É dizer, este tipo penal implica em divulgar fatos difamantes à honra objetiva da vítima, sejam eles verdadeiros ou falsos. Difamação é a imputação a alguém de fato ofensivo à sua reputação, que é a estima moral de que alguém goza no meio em que vive, sendo um conceito social”, afirmou o partido na ação.
Para o filósofo Olavo de Carvalho, a Suprema corte brasileira é um organismo do Foro de São Paulo, e suas ações só podem ser entendidas no âmbito dos interesses dessa entidade política.
Ao compartilhar a notícia da Conjur, Olavo acrescentou:
Isso, senhor presidente. Não faça nada contra o Foro de São Paulo e ele acabará colocando o senhor na cadeia. Por este documento assinado pelo ministro Barroso, falar contra o Foro de São Paulo já se tornou crime.