O juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, jogou dois celulares no vaso sanitário enquanto a PF conduzia buscas em sua residência na Operação Westminster
O juiz Leonardo Safi de Melo, da 21ª Vara Federal Cível de São Paulo, jogou dois celulares no vaso sanitário enquanto a PF conduzia buscas em sua residência na Operação Westminster, que mira organização criminosa que cobrava propinas sobre precatórios milionários. A tentativa de destruição dos equipamentos foi presenciada por agentes que estavam no local e embasou pedido para manter o magistrado preso.
O juiz é apontado pela Polícia Federal como líder de organização criminosa, responsável por mapear processos de requisições de pagamentos (precatórios) milionárias e deferir decisões favoráveis de propinas de 1% do valor. O esquema contou com a participação do secretário Divannir Ribeiro Barile, que articulava as negociações, e dos advogados Sérgio Santos, Paulo Rangel do Nascimento, Deise Mendroni, Clarice Cavalieri e o perito Tadeu Jordan, responsáveis pela aproximação com as vítimas e operacionalização dos pagamentos.
O inquérito foi aberto em março a partir de denúncia anônima e mira crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, concussão e peculato. O documento indicou que o grupo do juiz Leonardo Safi escolhia processos milionários, se aproximava de uma das partes e pedia uma ‘comissão’ para expedir os precatórios.