A Índia proibiu a importação de uma vacina contra a raiva fabricada por um laboratório chinês que falsificava o produto. Segundo o chefe da agência indiana de medicamentos, Eswara Reddy, a substância ainda está sendo utilizada no país, mas ainda não há um levantamento preciso dos locais onde está sendo utilizada.
Em uma entrevista, o chefe da agência declarou que pediu um relatório detalhado sobre a importação e a distribuição do produto. “Vamos retirar todas as vacinas do mercado quando obtivermos as informações”, declarou. Cerca de 20 mil pessoas morrem por ano na Índia, vítimas da raiva.
O escândalo veio à tona na China depois da descoberta, em julho, de uma rede de fabricação ilegal de uma vacina contra a raiva em um laboratório farmacêutico situado na região de Changchun Changsheng. A empresa falsificou registros de produção e modificou os parâmetros de fabricação. Quinze pessoas foram presas, entre elas a CEO do laboratório.
Vacinas falsas não foram distribuídas, afirma China
As autoridades chinesas afirmam que as vacinas contra raiva adulteradas não deixaram a fábrica. Mas a empresa, no passado, chegou a distribuir uma vacina DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche). Cerca de 250 doses foram vendidas na província do Shandong, no leste do país, no ano passado. O novo escândalo aumentou a desconfiança dos chineses, já que no país diversos casos foram revelados nos últimos anos, envolvendo alimentos e outros produtos impróprios para consumo.