No Brasil, os equipamentos, estoques e recebíveis representam a maior parte dos ativos
em 24/04/2021
Por Cias & Cifras
Com um ano de operação, a Grafeno, fintech que oferece contas digitais e infraestrutura de registros eletrônicos para empresas, financiadores e credores, conta com mais de 2 mil clientes que já transacionaram R$ 3 bilhões nos últimos 4 meses. Referência em segurança e grandes operações, a Grafeno escolheu um segmento pouco visto pelo setor financeiro: ser a fintech de outras fintechs, credores e empresas (indústria e varejo) que acessam FIDCs e securitizadoras.
No Brasil, os equipamentos, estoques e recebíveis representam a maior parte dos ativos da indústria e do varejo. “Os bancos tradicionais, na maioria das vezes, somente emprestam com garantia de ativos imobilizados, como imóveis. Isso prejudica a tomada de crédito por indústrias e varejistas, que ficam com opções restritas de financiamento para suas operações, sobretudo capital de giro”, explica o CEO da Grafeno, Paulo David. A partir disso, os grandes bancos abrem espaço para o crédito do mercado de capitais (FIDCs e fintechs).
Grafeno
O propósito da Grafeno é trazer segurança e tecnologia para esse mercado, reduzindo os custos e riscos envolvidos, principalmente nas operações que usam os recebíveis de uma empresa como garantias. Formada por um time de executivos com vasta experiência nos mercados de tecnologia e financeiro, a fintech criou uma solução one stop shop que integra desde contas digitais para empresas com módulo de emissão e gestão de recebíveis, até uma registradora de duplicata eletrônica e CCBs.
“Criamos junto com o Banco Central uma infraestrutura do mercado financeiro e oferecemos contas digitais para nossos clientes, que podem ser abertas em até 2 dias úteis, independente da natureza jurídica. Credores e empresas que acessam o novo mercado de crédito, e que demoravam semanas para abrir uma conta vinculada, passaram a fazer isso em 48 horas, sem a necessidade de envio físico de documentos. O próximo passo é lançar a registradora de duplicatas e outros recebíveis”, comenta Paulo David. A fintech trabalha para permitir o ‘destravamento’ de crédito, graças ao uso dessa carteira de recebíveis, junto aos FIDCs e securitizadoras, em uma operação 100% digital, simples e com redução de custos. Assim, o empresário amplia suas opções de acesso crédito e economiza com tarifas bancárias.
Conta digital
O diferencial da conta digital Grafeno para empresas está no módulo de recebíveis, que é mais completo do que o disponibilizado pelos bancos digitais; e mais automatizado e fácil de usar, se comparado aos sistemas dos bancos tradicionais. No futuro, as empresas poderão usar as contas para escriturar e negociar a carteira de cobranças. “Nosso módulo de cobrança é tão completo quanto o dos grandes bancos e tem a facilidade de uso que só uma empresa focada em agilizar o fluxo de recebíveis consegue oferecer”, complementa Paulo.
Enquanto cresce a sua base de clientes da conta empresarial, a fintech aguarda licença do Banco Central para operar a registradora eletrônica de ativos financeiros. “Nosso foco é no que o cliente quer e precisa. Com a autorização, nós iremos oferecer para nossos clientes o que existe de mais moderno no Brasil nos quesitos Segurança, Tecnologia e Compliance. Tudo isso sem perder o foco na experiência do cliente e no desenvolvimento de um produto escalável, que está em nosso DNA. O registro eletrônico de ativos, como duplicatas, acelera o uso de recebíveis como garantia, impactando positivamente e consideravelmente o acesso a crédito pelos empresários brasileiros, hoje desprezados pelos grandes bancos”, finaliza o executivo.
Muitos clientes da fintech reduzem o custo financeiro com a conta empresarial, mas o principal ganho é oferecer uma negociação maior e melhor no acesso a crédito usando a carteira de cobranças. O produto está disponível por enquanto apenas para médias e grandes empresas, é cobrada mensalidade e o foco é para clientes que tenham pelo menos 1.000 cobranças no mês.