O governo de Santa Catarina incluiu em seu Currículo Base da Educação o termo “identidade gênero” e causou protestos de deputados do Estado e pais de alunos.
Após pressão, o governo emitiu uma nota para explicar o significado do termo “identidade de gênero” e afirmou que ele “refere-se à identificação que a pessoa tem por determinado gênero – homem, mulher, ambos ou nenhum. Aborda-se ainda a expressão de gênero, modo como o indivíduo o expressa através das roupas, da linguagem, de atitudes, gestos”.
Em resposta, parlamentares continuaram a pressão e o governo resolveu tirar o termo de seu currículo escolar, segundo a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PSL-SC).
– Governador já voltou atrás no Plano. Afirmou que não vai homologar o plano com “identidade de gênero” e mandou refazer tudo. Valeu a pressão dos conservadores! Parabéns, pessoal – disse a parlamentar em um comentário em suas redes sociais.
Para a deputada estadual, usar este termo no currículo escolar abre “espaço para a aplicação de uma imensidão de subjetividades totalmente contrárias aos princípios conservadores defendidos pela maioria da nossa população”.
– A formação moral das crianças é um direito e responsabilidade dos pais; não cabe ao Estado se intrometer quando ela está sendo realizada, e muito menos aos agentes do progressismo que instrumentalizam a máquina pública com a finalidade de impor suas próprias convicções ideológicas para criar conflitos no interior das famílias e atacar essa relação sagrada. Se os pais não querem que determinado conteúdo seja ensinado aos seus filhos, assim devemos proceder. Não é o Estado que deve moldar os costumes e comportamentos da sociedade, mas sim a sociedade que deve pautar as legislações formuladas pelo Estado – disse Ana Caroline.