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Governo chinês usa método de tortura do Estado Islâmico contra os cristãos, diz relatório

O governo comunista chinês tem sido cada vez mais cruel em sua perseguição religiosa aos cristãos, prisioneiros de consciência e todos que de alguma forma são considerados ameaças ao controle do regime político único no país.

Um relatório divulgado pela organização Bitter Winter, que monitora os casos de intolerância religiosa e política no país, acusa o Partido Comunista de utilizar métodos de tortura do Estado Islâmico contra os cristãos, na tentativa de fazê-los desistir da fé em Jesus Cristo.

Outro interesse das autoridades, também, é retirar dos prisioneiros informações sobre outros cristãos, seus líderes e igrejas, a fim de persegui-los e impedir que o cristianismo avance, usando várias táticas de tortura diferentes.

“Muitos deles relataram que, uma vez presos, sofreram torturas cruéis, como por exemplo , choques elétricos, algemados ao ‘banco do tigre’ com as pernas dobradas para cima por um longo tempo”, diz a  organização.

O método conhecido como “banco de tigre” visa esgotar a resistência física das pernas da vítima, especialmente nas articulações do joelho, que é forçado de forma contrária, conforme a imagem abaixo:

O método de tortura “banco de tigre” utilizado contra cristãos na China. Reprodução: Google

Insatisfeitos com o nível de crueldade, os comunistas ainda utilizam “certos objetos pontiagudos” para enfiar sobre às unhas das vítimas, causando dores absurdas, “ou privação de sono, uma tortura conhecida como ‘esgotamento da água’”, sendo essa última utilizada pelo Estado Islâmico.

A tortura de cristãos e outros na China, com o uso de objetos enfiados nas unhas. Reprodução: Google

O “esgotamento da água” visa privar a vítima de sono por vários dias, causando delírios, exaustão física e emocional, podendo até levar à morte, “mas não deixa cicatrizes nem contusões para provar a tortura sofrida: é por isso que na China a polícia utiliza extensivamente”, diz a organização Winter.

Uma cristã que sofreu algumas dessas torturas contou que ficou com sequelas e teve não conseguir se recuperar plenamente.

“Eu sofri uma grave perda de memória. Muitas vezes à noite eu acordo de surpresa e minha saúde também está arruinada. Você não pode desfazer o que houve”, disse ela.

Além de todos esses métodos cruéis e desumanos, o governo chinês também é acusado de praticar a extração forçada de órgãos de alguns prisioneiros, praticamente sem anestesia. Esse tema foi discutido recentemente por parlamentares em Londres, que acusaram o mundo de fechar os olhos para essa terrível realidade.

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