O General Luiz Gonzaga Schroeder Lessa declarou: “Se acontecer uma mudança rasteira da lei, aí eu não tenho dúvida de que só restará o recurso da reação armada. Aí é dever das Forças Armadas restaurar a ordem”. Lessa destacou que, se a Suprema Corte soltar Lula, o STF estará agindo como “indutor” da violência entre a população brasileira, “propagando assim a luta fratricida (incentivando a guerra civil), em vez de amenizá-la”. O general também fez questão de dizer a decisão do STF para tirar Lula da cadeia pode gerar derramamento de sangue: “Eu acho que há um limite de tolerância e estamos chegando nesse limite, infelizmente. Se o STF continuar desafiando a sociedade brasileira, nós corremos o risco de uma confrontação nacional, que não será pacífica. Uma intervenção militar vai ter derramamento de sangue … infelizmente é isso que a gente receia … ela (a intervenção) será resolvida na bala e o STF está sendo o grande estimulador … ” Paulo Chagas, General da reserva, também declarou: “Nosso objetivo nesse momento é impedir mudanças na lei e deixar atrás das grades um chefe de organização criminosa já julgado e condenado a mais de 12 anos de prisão”. Há 2 meses, o General da reserva Gilberto Pimentel, presidente do Clube Militar, mandou um recado ‘curto e grosso’ ao Supremo: “Não ousem obstruir a aplicação da lei. Seria como decretar o fim da democracia. E aí, outra vez as Forças Vivas de 64 poderão se manifestar.” escreveu o general. “Se não houver punição aos corruptos, poderemos assistir a tão sonhada (para muitos) intervenção militar.”