O Exército Brasileiro iniciou nesta semana uma importante estratégia que visa interligar todas as unidades da força na região amazônica: o lançamento de 620 km de cabos de fibra ótica no leito do rio Negro. Conduzido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), o Projeto Amazônia Conectada teve a liberação dos cabos ópticos, via fluvial, realizada no início deste mês.
Lançada inicialmente como um exercício de simulação, a operação terá seu início a partir da cidade de Barcelos (AM), indo até Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, também no estado do Amazonas. As estruturas serão implantadas até o mês que vem, com previsão de um total de 1,82 mil km de fibras óticas e nove municípios atendidos, inclusive a capital Manaus.
Falando à agência de notícias Defesanet, o chefe do DCT, general de exército Guido Amin Naves, enfatizou que a ação é “um retorno à sociedade, em termos de conectividade, de inserir essas comunidades na era da informação, que é importante para o Brasil”. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) executará outro projeto similar, entre Manaus e Santarém.
Fonte: Governo Federal/DivulgaçãoFonte: Governo Federal
Sobre o Projeto Amazônia Conectada
Além de seus objetivos estratégicos, o Projeto Amazônia Conectada tem um caráter dual, com viés social, pois é aberto à participação dos demais entes governamentais presentes na região. A parceria permite que populações interioranas sejam beneficiadas com as ações do Exército.
Iniciado em 2014, durante o governo Dilma Rousseff, o Projeto Amazônia Conectada formalizou suas primeiras ações através de um memorando de entendimento entre o Comando do Exército, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Governo do Estado do Amazonas.
Com isso, políticas públicas poderão ser implementadas em localidades de difícil acesso. Entre os serviços digitais, disponibilizados por uma rede de dados de alta velocidade, destacam-se: internet, telemedicina, universidade a distância, segurança pública, trânsito e turismo.