John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu o presidente venezuelano que ele pode terminar na prisão militar americana em Cuba se não deixar a presidência
EFE, O Estado de S.Paulo 01 Fevereiro 2019 | 16h19
Washington – John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, advertiu na sexta-feira ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que ele pode “terminar em Guantánamo se não deixar o poder” em breve. Os EUA mantém uma prisão militar em Guantánamo, em Cuba, para onde são enviados suspeitos de terrorismo presos no exterior. Os EUA apoiam o autoproclamado presidente interino da Venezuela, o opositor Juan Guaidó.
“Ontem [quinta-feira, 31] tuitei que desejo para ele um aposentadoria longa e tranquila em uma bonita praia longe da Venezuela. E quanto mais rápido aproveitar essa oportunidade (de anistia), mais provável que poderá ter uma aposentadoria agradável e tranquila em uma praia bonita ao invés de estar em outra região praieira como a de Guantánamo”, disse Bolton em entrevista a uma rádio.
Perguntado pela Agência Efe, um porta-voz de Bolton não quis fazer mais comentários sobre a afirmação do assessor de Trump, um conhecido defensor da prisão militar que os EUA têm na base naval de Guantánamo e que trabalhou para o presidente americano que abriu esse campo de detenção, George W. Bush (2001-2009).
A advertência de Bolton chegou em resposta a uma pergunta feita pelo apresentador de rádio conservador Hugh Hewitt, que indagou sobre se Maduro enfrenta um possível “final ruim” como os do ditador italiano Benito Mussolini e do romeno Nicolae Ceausescu, que morreram executados.
Bolton aconselhou nesta quinta-feira Maduro e seus principais assessores que “aproveitem a anistia” planejada aos políticos chavistas pelo chefe do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido pelos EUA e outros países.
O assessor de Trump desejou em seu tweet a Maduro “uma longa e tranquila aposentadoria, vivendo em uma bonita praia em um lugar longe da Venezuela”, e a Casa Branca garantiu depois estar “aberta a ter conversas” sobre o presidente venezuelano poderia “ficar” se decidir deixar o poder.