BERLIM, 28 Fev. 19 / 03:13 pm (ACI).- Em uma entrevista concedida recentemente a Martin Rotweiller, diretor da EWTN TV na Alemanha, o Arcebispo de Colônia, Cardeal Rainer Maria Woelki recordou que os católicos “nunca poderemos estar de acordo” com o aborto, já que a vida deve ser sempre defendida.
Questionado a respeito do debate na Alemanha sobre o artigo 219 do Código Penal, que proibia a publicidade daqueles que oferecem a prática do aborto, o Cardeal lamentou que “a preocupação pública pelos temas da vida parece ter diminuído, fizeram tanto que o assunto de regulamentar o aborto no futuro está bem justificado”.
“Graças a Deus – continuou o Arcebispo –, o aborto ainda é, evidentemente, uma ofensa criminal (na Alemanha) e é absurdo alegar que se possa permitir às pessoas fazerem publicidade de um crime”.
Em 21 de fevereiro, o parlamento alemão modificou o artigo 219, que agora permite que os médicos informem sobre o aborto e ofereçam essa prática entre seus serviços, especialmente na Internet, sem receber sanções penais. Esta medida foi criticada pelos pró-vida na Alemanha.
O Cardeal Woelki disse que “não é necessário lembrar que os católicos nunca podem estar de acordo com isso (o aborto). A vida está sob a proteção de Deus desde o princípio e deve ser protegida desde o começo até o seu fim natural, até o último suspiro”.
O Arcebispo de Colônia também se referiu às tentativas de legalizar a eutanásia na Alemanha.
“Graças a Deus, quando falamos de eutanásia, não é possível pedir o suicídio assistido na Alemanha, assim como se pode fazer na Holanda, na Bélgica e na Suíça. Graças a Deus ainda temos normas vigentes na Alemanha que não permitem isso”, concluiu.
Há algum tempo, muitas pessoas viajam para a Suíça para se submeter ao suicídio assistido, onde é legal.
Um dos casos mais notórios foi o de David Goodall, de104 anos de idade, um cientista que em 2018 viajou da Austrália para a Suíça para passar por suicídio assistido na fundação Eternal Spirit (Espírito Eterno), onde recebeu uma injeção letal de Nembutal.
O caso Goodall atraiu a atenção da mídia e é usado por alguns para promover a legalização da eutanásia e do suicídio assistido.