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Bolsonaro relata a secretário de Trump ‘intenção’ de deixar pacto da ONU sobre migrações

Informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto após audiência de Bolsonaro com secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. No encontro, também foi discutida situação da Venezuela.
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília 02/01/2019 14h13

O presidente Jair Bolsonaro comunicou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, sobre a intenção de revogar a adesão do Brasil ao pacto global de migrações, informou a assessoria do Palácio do Planalto.

Pompeo está no Brasil, onde acompanhou a posse de Bolsonaro na terça-feira (1). Nesta quarta ele teve reuniões com o novo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, e com o próprio Bolsonaro.

O pacto foi assinado em dezembro de 2018 por cerca de 160 países e pretende reforçar a cooperação internacional para uma migração “segura, ordenada e regular”. O pacto foi assinado no Marrocos. O Brasil também assinou o documento.

Na oportunidade, o então futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, informou pelo Twitter que o governo Bolsonaro se desassociaria do pacto.

A informação foi reforçada por Bolsonaro na reunião com Pompeo, segundo a assessoria do Planalto. Os EUA estão entre os países que não assinaram o pacto.

“O presidente (Bolsonaro) também falou sobre a agenda econômica brasileira e comunicou sua intenção de revogar a adesão do Brasil ao Pacto Global Sobre Migrações, reafirmando a importância dos Estados Unidos para a inserção internacional do Brasil e sua intenção de trabalhar para que a relação entre os dois países possam se tornar ainda mais benéficas para ambas as partes”, comunicou o Planalto.

De acordo com o Planalto, Bolsonaro também reforçou a “preocupação” com a situação da Venezuela. O presidente é crítico da gestão de Nicolás Maduro, assim como o colega norte-americano, Donald Trump,

O Planalto ainda informou que Pompeo pediu a Bolsonaro para que ele coopere “ativamente” para resolver a crise na Venezuela.

Pompeo “manifestou o interesse do Governo Trump em aprofundar a cooperação com o Brasil em áreas como comércio, educação, segurança e defesa”.

China e Mercosul

Bolsonaro teve quatro reuniões com líderes estrangeiros nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto. Após os encontros, a assessoria do governo divulgou uma série de notas com resumos das audiências.

A nota a respeito da reunião com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, informou que os dois discutiram cooperação na área militar, fortalecimento da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e sobre as comunidades portuguesa no Brasil e brasileira em Portugal.

Sousa defendeu a celebração de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. Sobre o tema, o Planalto informou que o governo de Bolsonaro dará “valor” ao bloco sul-americano.

“Bolsonaro afirmou que, diferentemente do que vem sendo noticiado, o Brasil dará o valor que o Mercosul merece, o que passa pela eliminação de questões ideológicas e da retomada da vocação comercial do bloco econômico”, diz trecho da nota.

Sobre a audiência com vice-presidente do parlamento chinês, Ji Bingxuan, Bolsonaro “reiterou sua intenção de ampliar o relacionamento bilateral com a China, independentemente da mudança do contexto político brasileiro e do cenário econômico mundial”. Liderada por um partido comunista, a China é o principal parceiro comercial do Brasil.

De acordo com o Planalto, no encontro com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, Bolsonaro aceitou o convite para visitar o país europeu, viagem ainda sem data definida. O presidente brasileiro mencionou a “intenção” de assinar um tratado de extradição bilateral com a Hungria.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/02/bolsonaro-relata-a-secretario-de-trump-intencao-de-deixar-pacto-da-onu-sobre-migracoes.ghtml

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