Conteúdo: Diário do Poder
Em nota divulgada nesta segunda-feira 20, a Associação Médica Brasileira (AMB) defende a autonomia dos médicos para prescrever o medicamento hidroxicloroquina para pacientes do Covid-19 e critica a motivação política por trás da campanha contra o remédio: “Isso é um crime contra a medicina, contra os pacientes e, principalmente, contra a própria ciência ”, diz o texto.
Para a AMB, a defesa de sua proibição oferece risco de “legado para a medicina brasileira, caso a autonomia do médico seja restrita, como desejar os que pregam a proibição de hidroxicloroquina”.
A entidade considera que há motivação política nas críticas ao medicamento. “Não podemos permitir que ideologias e vaidades, de forma intempestiva, alimentadas por holofotes, façam registro em práticas já tão respeitadas”, diz uma nota da AMB. “Não pode clamar por ciência e adotar posicionamentos embasados em ideologia ou partidarismo, ignorando práticas consolidadas na medicina, reforma.
Um AMB reconhece que não há “estudos seguros, seguros e definitivos sobre uma questão”, mas considera “importante lembrar que o uso não previsto na bula de medicamentos é consagrado na medicina, desde que haja clara concordância do paciente”.
“É bastante provável que cheguemos ao final da pandemia sem alterações consistentes sobre as intervenções”. E que “muitos casos de pandemia são identificados, principalmente médicos e entidades médicas que escolhem manipular uma ciência para usar como arma no campo político-partidário”, diz uma nota.
A AMB responde a uma recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia para abandonar o tratamento com pacientes do COVID-19.
O presidente Jair Bolsonaro, que se recuperou de Covid-19, neste fim de semana voltou a defender ou usar a hidroxicloroquina, que faz parte do protocolo de tratamento da doença em todos os estados e sua aplicação vem sendo feita em unidades públicas e privadas e privados de saúde.