Sexta feira, 1 de fevereiro de 1974, cerca de 08:50 horas. Um princípio de incêndio, aparentemente causado pelo curto-circuito em um aparelho de ar condicionado e talvez devido a uma sobrecarga elétrica, irrompe no 12° andar do Edifício Joelma – uma portentosa unidade comercial situada na Avenida Nove de Julho 225, no centro nervoso da maior cidade do Brasil, São Paulo.
Naquele momento, cerca de 800 pessoas estavam no edifício, espalhadas pelos inúmeros escritórios dos seus 25 andares. Do primeiro ao décimo andares estavam situados os estacionamentos para veículos. E exatamente do décimo-primeiro ao vigésimo quinto todos os andares estavam ocupados pelos escritórios comerciais de um grande banco e várias empresas. Um funcionário daquele andar até tentou apagar o foco de incêndio mediante o uso de um extintor, tendo desligado o quadro geral de força. Porém, devido à existência de materiais altamente inflamáveis na própria estrutura do prédio, nada mais podia ser feito. E como o prédio não era dotado de infra-estrutura para incêndios, o alarme se limitou ao aviso verbal desse funcionário somente aos que ocupavam o andar superior. Os demais que estavam no interior do prédio não puderam, portanto, ser avisados a tempo!
Aquilo que parecia se tratar de um incêndio até de certa forma facilmente controlável e sem maiores conseqüências, no entanto veio a se transformar em uma das maiores tragédias do Brasil. O fogo começava a se alastrar rapidamente.
O Corpo de Bombeiros da cidade foi acionado, chegando às 09:10 horas, e os seus valorosos homens logo deram início aos trabalhos de contenção das chamas.
Pouco a pouco, porém, o fogo infernal subia exatamente para onde se situavam os andares habitados.
Todos os que estavam lá dentro ficaram verdadeiramente acuados em uma armadilha mortal. Simplesmente não podiam descer, vencendo a enorme e monstruosa barreira de fogo e fumaça que crescia assustadoramente e cada vez mais.
Um constatação aterrorizante então se fez: devido à altura do edifício, as escadas Magirus, tanto para o trabalho dos Bombeiros quanto para o salvamento das vítimas, somente alcançavam o décimo-terceiro andar.
Como uma força sinistra e avassaladora, o fogo logo cercou todo o enorme edifício. E não tardou a atingir todos os andares superiores do Joelma. E somente aqueles que estavam nos andares abaixo do princípio do pavoroso incêndio conseguiram ser resgatados. Mais acima, o horror flamejante tomava conta do enorme edifício. Os vidros explodiam devido à enorme pressão do fogo.
Além do fogo, havia uma outra ameaça mortal: a enorme cortina de fumaça, altamente tóxica devido à queima dos materiais, subia descontroladamente e com uma infernal temperatura de 700 graus. As pobres vítimas, acuadas pelo fogo, que chegavam às janelas para tentarem respirar, tinham os seus aparelhos respiratórios inapelavelmente queimados, quase que instantaneamente e de maneira horrível, morrendo asfixiadas.
Cenas de um inusitado horror então se sucediam: tentando escapar daquele verdadeiro inferno, as pessoas improvisavam cordas para, descendo perigosamente de andar em andar, tentarem chegar à escadas dos Bombeiros, postadas muito abaixo delas! Muitos caíram, voando para a morte, durante essas desesperadas e infrutíferas tentativas.
O desespero das vítimas que tentavam mutuamente se ajudar nesses momentos difíceis era acompanhado com horror pelas centenas de testemunhas que, impotentes no sentido de ajudar, se aglomeravam lá em baixo.
Os heroicos soldados do fogo, através de arriscadas operações, conseguiram a duras penas salvar muitas pessoas, improvisando da melhor maneira que podiam os parcos meios de resgate de que dispunham. Arriscando as suas próprias vidas, no limite, para ajudar seus semelhantes. Muitos desses valorosos homens tombaram no estrito cumprimento do dever. E não fosse pela coragem, pela bravura e pelo estoicismo deles, a horripilante tragédia poderia ter tido proporções ainda mais vastas e brutais.
O inferno das chamas tomava conta do Joelma. Grandes explosões ocorriam nos andares, causadas pela fortíssima pressão das chamas. O bafo da morte soprava por todos os lados. Era mesmo algo pavoroso, digno das mais horripilantes cenas de um filme de terror.
Em total desespero, presas nas suas salas e acuadas pelo fogo, quarenta pessoas preferiram se atirar dos altos andares do Joelma a morrerem horrivelmente queimadas pelas chamas! Cenas do mais puro horror se desenrolavam a cada momento. Absolutamente impossível tentar descrever a dor, o horror, o pânico e o desespero dessas pobres pessoas.
Não tendo quaisquer possibilidades de descerem, muitas pessoas correram para o terraço do Joelma, lá ficando encurraladas pelas chamas que subiam cada vez mais. A única solução para tentar resgatá-los foi o acionamento dos helicópteros da Polícia do Estado e do Corpo de Bombeiros. Foi, todavia, uma tarefa árdua e muito difícil uma vez que as telhas de amianto que o recobriam, as escadas e a profusão de madeiras impediam que as aeronaves pousassem.
Lá em cima, o pânico e o horror eram generalizados. Nem todos podiam ser salvos de uma única vez. Alguns, tomados por total desespero, se agarravam de qualquer maneira aos squids dos helicópteros para tentarem escapar, colocando assim em risco a própria estabilidade dos aparelhos. Mas não havia outra saída, era tentar a sorte ou morrer queimado.
E também se deve ao heroico trabalho dessas abnegadas tripulações o resgate de muitas vítimas, presas naquele infernal e mortífero terraço do Joelma. Porém, a tragédia ficou ainda maior e muito mais horrível quando o enorme calor e os grossos rolos de fumaça passaram a impedir o trabalho de resgate dos helicópteros! Além de não haver mais qualquer visibilidade, os aparelhos – dotados de combustível altamente inflamável – corriam o risco de explodir durante as tentativas de aproximações.
De fato, lá em cima, o calor era tamanho que até mesmo os pára-brisas dos helicópteros, confeccionados em plexyglass, ficaram derretidos – avariando muitos deles e impedindo assim a sua operação – e até mesmo obrigando os seus hábeis pilotos a procederem arriscados pousos forçados em plena rua.
Então, já não havia mais um local seguro para aqueles que estavam aprisionados naquele topo da morte! Essa dramática foto nos mostra o fogo tomando conta do terraço. Miraculosamente, porém, uns poucos se salvaram ao se abrigarem por baixo das telhas de amianto. Saíram gravemente feridos, mas vivos. Assim, a grande maioria que lamentavelmente não pode ser resgatada nas viagens iniciais dos helicópteros teve por túmulo o infernal terraço chamejante do Joelma.
Extintas as chamas, após as várias horas do mais puro terror, um visão do terraço maldito do Joelma. Ao final do trágico balanço, ao todo foram 534 vítimas – sendo 189 mortos e 345 feridos, a maioria desses feridos horrivelmente queimada. O quadro encontrado pelas equipes de rescaldo nos diversos andares era simplesmente dantesco: quase duas centenas de cadáveres literalmente torrados em meio aos fumegantes escombros!
Hoje, mais de 30 anos passados da tragédia (lembremos que, na medida em que o conhecemos, não existe o “tempo” na Eternidade), o Joelma acha-se reformado e já dotado de sistemas de segurança contra fogo – segurança de que na época do sinistro não dispunha – como também mudaram o seu fatídico nome para “Edifício Praça da Bandeira”. Algumas empresas e escritórios estão atualmente lá estabelecidos, mas são poucas as firmas que se atrevem a tanto. Muitos do seus enormes andares estão desocupados e solitários. Não só pela repercussão da horrível tragédia que até hoje o persegue e dá fama ao prédio de ser “amaldiçoado”, como também pelas coisas horríveis e sobretudo assustadoras que acontecem lá por dentro.
Sem qualquer dúvida, existem ao nosso redor e também atuando em todo o mundo, forças e energias que desconhecemos. E não se trata de mera imaginação dos protagonistas dos fatos insólitos que se desenrolam no atual Joelma! De vez em quando, o ambientes se tornam intensamente gélidos – um frio apavorante e sem qualquer explicação lógica que surge do nada. Espectros surgem diante das pessoas, chamam por seus nomes e até mesmo são revelados nas fotografias tomadas lá por dentro. Fortes correntes de ar, gemidos apavorantes, vozes estranhas, gritos e pedidos de socorro são ouvidos naqueles ambientes mais desertos – e até mesmo naqueles ocupados! Muitos empregados do edifício, justificadamente apavorados, já pediram demissão exatamente por esses motivos. E até nas garagens muitos motoristas e entregadores de mercadorias já foram “postos para correr” diante dos “vultos” e das assombrações que subitamente os cercam. Como se poderia explicar isso?
Alguns setores da Parapsicologia diferenciam “fantasmas” daquilo que denominam “espíritos”. Um “fantasma” seria uma personalidade dilacerada (geralmente causada por uma memória emocional sobrevivente das pessoas que morreram tragicamente, não tendo consciência da própria morte), que teima em permanecer no ambiente da anterior existência, ligada ao local onde efetivamente morreu – quase sempre através de uma morte violenta. Incapaz de raciocinar por si próprio, repete os movimentos finais da sua morte, um ato “inacabado” para ela, até que isso se transforme em uma espécie de obsessão. Estão mergulhados em um tipo de “limbo”, uma sombria escuridão. Já o”Espírito” seria uma entidade que tem plena consciência da sua transição, sendo plenamente capaz de continuar uma existência na dimensão seguinte, podendo “sentir” e agir. De qualquer forma, AMBOS se utilizam da energia os vivos para se manifestarem! São argumentos até bastante lógicos, mas, por outro lado, não devemos desprezar uma outra hipótese: A MEMÓRIA DA NATUREZA! Tudo aquilo que nos cerca, mesmo as coisas materiais – tais como os mais diversos objetos e até os lares – guardam nas suas moléculas atômicas os registros, por assim dizer, dos fatos mais marcantes e dramáticos que nas suas proximidades e nos seus próprios ambientes se desenrolaram – uma fantástica inteligência. A Psicometria, por sinal, é a moderna Ciência que estuda isso! E principalmente nos ambientes onde coisas muito “fortes”, tais como crimes, tragédias e assim por diante, se sucederam, essas “memórias” dramáticas, como se fossem um breve filme, por vezes afloram se fazendo visíveis às pessoas mais psiquicamente bem preparadas e desenvolvidas. E para tentar bloquear esse tipo de manifestação nada adianta – seja reformar, pintar, modernizar ou mesmo exorcizar.
Há, porém, um estonteante e além de tudo insolúvel mistério na tragédia do Joelma. Durante o desespero das infelizes vítimas aprisionadas em meio ao fogo e ao calor infernal, treze pessoas fizeram aquilo que jamais se faz durante um incêndio: tentaram escapar por um elevador! Logicamente, o sistema parou repentinamente de funcionar deixando-as sem qualquer defesa e presas a uma enorme altura, em uma armadilha mortal. Horrivelmente carbonizados, os treze corpos, encontrados unidos em um último abraço, foram posteriormente retirados daquele “forno” maldito e jamais puderam ser identificados, não somente dado ao estado em que se encontravam – horrivelmente carbonizados – como também pelo estranhíssimo fato de NINGUÉM ATÉ HOJE OS TER RECLAMADO! Todos foram enterrados em covas separadas e lineares, recebendo popularmente o nome de AS TREZE ALMAS DO JOELMA. Contudo, desde a época do sinistro, em 1974 e portanto já passados mais de 30 anos, algo muito estranho acontece no Cemitério São Pedro, situado no bairro paulista de Vila Alpina: estranhos gemidos, gritos de dor, pedidos de socorro, assombravam os visitantes e até mesmo os funcionários daquele cemitério! Não tardou muito até que se descobrisse a estranha fonte desses apavorantes sons: exatamente as 13 lápides das vítimas não-identificadas do Joelma! Curiosamente, quando se coloca ÁGUA sobre cada uma delas, e não nas flores que as cercam, o sons cessam – como se entidades sobrenaturais, vivendo em um limbo surrealista e paralelo, ainda se lembrassem da sua horrível morte e desesperadamente precisassem do benéfico refresco das emanações da água para minorar a sua dor.
Logo o povo – como sempre esperto, interesseiro e atento a essas coisas – começou a fazer “barganhas”, assim “alimentando” a sofrida existência dessas entidades. As pessoas pedem a elas (e conseguem!) milagres dos mais diversos, sempre em troca da….. Colocação de água sobre os túmulos! Muito melhor fariam se, através de um gesto verdadeiramente Cristão e piedoso, fizessem preces de esclarecimento para que elas finalmente pudessem se libertar dos grilhões da terra e pudessem seguir em paz o seu caminhar evolutivo em direção à Luz, já enfim redimidas do seu pesado e doloroso Carma.
Mas…. Há ainda uma outra estranha circunstância, possivelmente concorrente para a horrível tragédia do Joelma. Na foto acima, proveniente dos arquivos da Polícia do Estado de São Paulo, você vê a antiga residência do Professor Paulo Ferreira de Camargo, da USP (Universidade de São Paulo), o qual no distante ano de 1948 inexplicavelmente premeditou e friamente executou a morte da sua própria mãe e das duas irmãs sem qualquer motivo aparente.
O professor (foto da direita, publicada em um jornal da época) contratou operários para escavarem um profundo poço no seu quintal. Logo fez o “serviço sujo” e dentro dele jogou os três corpos das suas familiares. Não tardou muito, porém, a todos os vizinhos e demais familiares darem por falta das três mulheres e a Polícia começou a fechar o cerco na suas investigações, as quais levavam diretamente ao tal professor como o suspeito número-1 e culpado em potencial.
Tudo teria dado certo não fosse algo bastante estranho que começou a ocorrer: o professor começou a ser atormentado pelas visões dos fantasmas das três mulheres que passaram a assombrar a casa, e somente ele as via! Certo dia, com policiais presentes na sua casa, estes já suspeitando do que continha no poço, o professor apresentava os seus álibis quando subitamente um fogo infernal surgiu no recinto: a luz de uma vela aumentou exageradamente como se fosse causar uma explosão no recinto! A partir daí, as visões fantasmagóricas das mulheres começaram a cercar o professor que, desesperado, correu para um ambiente contíguo e na presença dos policiais desferiu um tiro na cabeça, pondo fim à sua atormentada existência.
Logo depois, os corpos decompostos das três mulheres foram encontrados pela Polícia no fundo daquele poço (fotos). Quatro mortes sem qualquer razão aparente, a não ser, talvez, um estranho acesso de loucura do professor que era tido como uma pessoa séria e bastante equilibrada.
O telurismo, isto é, as correntes negativas que comprovadamente circulam no nosso subsolo, por vezes aflora em certos “ponto negros” – notórios pelas ocorrências dos acidentes de trânsito, sempre com mortos e feridos; das tragédias mais diversas; das casas doentias; das perturbações psíquicas nos seres humanos; dos fenômenos Poltergeists, e assim por diante. E por falar em Poltergeist, a causa do repentino incêndio no Edifício Joelma foi atribuída a uma estranha sobrecarga elétrica que estranhamente não pôde ser interrompida nem mesmo desligando-se a chave de força, tal como assim o fez um funcionário de uma firma tão logo detectou o problema. O seu extintor forçosamente deveria ter sido capaz de deter o fogo logo no seu início, o que também não aconteceu….. Um sintoma bastante claro do fogo que surge do nada e se torna incontrolável – fenômeno tipicamente associado ao telurismo e conhecido como Poltergeist. Estranho? Sim, mas trata-se de um fenômeno real que a Ciência não consegue explicar. Mas, voltemos ainda à casa amaldiçoada do professor assassino.
Depois daqueles bárbaros e cruéis crimes que tiveram grande repercussão a tal casa foi evitada, ficou conhecida como”mal assombrada”, e ninguém mais a quis habitar – nem mesmo os herdeiros e os sucessores do tal professor! O tempo passou e ela, abandonada, foi finalmente vendida e demolida. E qual teria sido mesmo o endereço dessa casa?
Precisamente, Avenida Nove de Julho, 225 – O MESMO LOCAL ONDE, EM 1972, FOI CONSTRUÍDO O FATÍDICO EDIFÍCIO JOELMA.
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