por Jarbas Aragão
Um professor cristão foi demitido de uma escola de ensino médio na Virgínia (EUA) após ter se recusado se referir a uma aluna que afirma ser transexual usando pronomes masculinos.
Peter Vlaming, professor de francês da West Point High School, justificou que chamar de “ele” uma pessoa que nasceu mulher violava sua consciência. A decisão do conselho escolar em despedi-lo baseou-se na acusação de “discriminação”.
A superintendente Laura Abel divulgou um comunicado que diz: “Essa discriminação cria um ambiente de aprendizado hostil. E o estudante expressou isso. O pai dele havia expressado isso”.
Por sua vez, Shawn Voyles, advogado de defesa do professor, insistiu no tribunal que os direitos constitucionais de livre expressão de seu cliente não estavam sendo respeitados.
“Ele deveria ter a liberdade de não ser obrigado a falar algo que viole sua consciência”, disse Voyles à Newsweek.
Após ter sido suspenso, o professor declarou: “Eu não posso usar pronomes masculinos para alguém que nasceu mulher ou vice-versa sem violar minha consciência e minha fé”.
Um grupo de pais declarou apoio ao professor e criou uma petição online pedindo que ele não seja demitido. Até a manhã de sexta-feira, a petição recebeu quase 2.000 assinaturas.
O caso ganhou atenção da mídia internacional após a rede social Twitter ter alterado recentemente seu “Termos de serviço” em inglês, onde qualquer que pessoa que for denunciada por usar o gênero trocado para se referir a um transexual pode ser suspenso ou perder sua conta na plataforma, pois seria uma forma de “conduta de ódio”. Caso a mesma “política de privacidade” seja adotada no Brasil, ninguém poderia referir-se, por exemplo, a Pablo Vittar como “o cantor”.