“Estão usando nosso dinheiro para lacrar”, disse o religioso
Pleno.News
O pastor Marcio Bieda, da Igreja às Nações, em Porto Velho (RO), protestou contra a exibição de uma faixa LGBT no prédio do Ministério Público Federal (MPF).
Em uma rede social, o pastor apontou que o dinheiro público está sendo usado por pessoas que querem “lacrar”.
– Vou entrar com uma ação contra o Ministério Público. Estão usando nosso dinheiro para lacrar. “Gastar dinheiro com essas coisas é errado, seja de LGBTq+, ou seja de Marcha para Jesus. No estado laico, não podemos usar dinheiro público para sobrepor uma ideologia ou religião. Querem rebolar, que façam sem dinheiro público”. Dinheiro público tem que gastar com saúde, escola… Tanto de homossexual como hétero, praticante de candomblé e [do] cristianismo. Isso é a verdadeira inclusão social: dar dignidade a todos – escreveu ele.
O religioso destacou ainda que a função do MPF não é doutrinar.
– Abaixo a função do Ministério Público. Nela não está atribuída a doutrinação. O Ministério que deveria nos defender está nos oprimindo. Isso não é papel de algum público. Assim como é laico, o Estado deveria ser neutro nos interesses particulares da sociedade. Função do 1º – O Ministério Público, instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, é responsável, perante o Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses indisponíveis da sociedade, pela fiel observância da Constituição e das leis, e será organizado, nos estados, de acordo com as normas gerais – pontuou.
Ao Pleno.News, o pastor ressaltou a importância de que as pessoas compreendam que a postagem não é de sua igreja, e sim dele. Bieda explicou que não é contra os homossexuais, mas não concorda com doutrinação. Dono de um escritório de advocacia, ele contou que desistiu de acionar a Justiça após conversar com o líder de sua igreja.
– Essa é uma postagem minha. Não somos contra os homossexuais. Nós somos contra o movimento LGBTQ+ usar dinheiro público para fazer qualquer tipo de propaganda. Assim como nós somos contra qualquer outro tipo de movimento (católico, evangélico, espírita etc) usar dinheiro público. […] É um absurdo o dinheiro público ser usado para uma bandeira. […] Meu pastor não quer que entremos com uma ação judicial contra o MPF, mas [apenas] que venhamos a nos posicionar.